quinta-feira, 19 de março de 2009

Especiais sobre cinema


Ministério da Cultura propõe mudanças na estratégia de aplicação da Lei Rouanet

Felipe Brida

O Ministério da Cultura (Minc) e a Casa Civil apresentam, na próxima segunda-feira (dia 23), um Projeto de Lei que reformula a Lei Rouanet, responsável pelo fomento e incentivo às produções culturais. A intenção é criar uma nova estratégia para o financiamento das atividades que envolvam cultura. A discussão principal será democratizar e diversificar a aplicação dos investimentos públicos, provenientes do governo federal, nos projetos de cineastas, músicos, diretores de teatro e escritores.
Em vigência desde dezembro de 1991, a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313), popularmente conhecida como “Rouanet”, incentiva empresas ou grupos de pessoas interessadas em financiar projetos culturais, dentre eles filmes, livros, peças teatrais ou orquestras. No entanto, de cinco anos para cá, a “Rouanet” vem beneficiando, em maior número, estados do Sudeste e Sul, e a apenas uma pequena parcela de pessoas.
Mais informações sobre as mudanças na Lei na próxima edição do “Arte em Foco” (sexta-feira).


Vencedores do LABRFF

Com a participação maciça de artistas brasileiros e estrangeiros, dentre eles o premiado ator Dustin Hoffman, a segunda edição do Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF) terminou no último domingo, dia 15. “Meu nome não é Johnny” (foto) venceu na categoria melhor filme, e Selton Mello ganhou o prêmio de melhor diretor por “Feliz Natal”. Houve empate nas categorias de ator e atriz; enquanto Leonardo Medeiros (por “Feliz Natal”) dividiu o prêmio com Cauã Reymond (“Se nada mais der certo”), Cláudia Abreu (“Os desafinados”) recebeu o troféu junto com Caroline Abras (“Se nada mais der certo”). Lula Carvalho venceu na de melhor fotografia por dois filmes, “Feliz Natal” e “A festa da menina morta”. Melhor roteiro ficou para o drama “A festa da menina morta”, escrito por Matheus Nachtergaele e Hilton Lacerda. Ainda foram premiados melhor documentário (para “Contratempo”), melhor curta (“Sickiu Verimanxi”) e animação (“Dossiê Rê Bordosa”).
Durante os quatro dias do festival foram exibidos 65 filmes, longas e curtas-metragens. O diretor Glauber Rocha recebeu uma homenagem pela carreira. No encerramento do evento, a filha do cineasta, Paloma Rocha, ganhou um prêmio especial pelo documentário “Anabazys”.


Lançamentos em DVD

Chega nas locadoras o drama de época “A duquesa” (foto), vencedor do Oscar 2008 por melhor figurino, e ainda indicado na categoria direção de arte. O filme é uma pequena crônica da vida da duquesa de Devonshire, Georgiana, invejada pela aristocracia inglesa e vítima de calúnias por causa de sua extravagância.
E sai em DVD o filme brasileiro “Romance”, dirigido por Guel Arraes. A comédia romântica, estrelada por Wagner Moura e Letícia Sabatella, ironiza os vícios da TV e do cinema a partir de uma encenação teatral de “Tristão e Isolda”, que trata o tema “amor” de forma eloqüente e trágica.

Das antigas

Em comemoração aos 10 anos da Versátil, a distribuidora relança em DVD duplo o clássico italiano “A doce vida” (foto), em cópia restaurada e cheio de extras. A obra máxima de Fellini, agora em formato widescreen e som Dolby Digital 5.1, narra a vida intensa do jornalista Marcello em meio a festas da classe alta em Via Veneto. Em meio ao vazio existencial, procura um sentido à sua medíocre vida.
A Europa Filmes lança esse mês, na coleção “Os trapalhões”, dois filmes raros com Renato Aragão e o companheiro Dedé Santana antes de fazerem sucesso com o famoso quarteto. “Na onda do iê-iê-iê” (1966) e “Ali Babá e os 40 ladrões” (1972) são duas comédias – a primeira em estilo musical e a segunda, dramática – fora do subgênero pastelão que iria consagrá-los anos mais tarde.
Sai pela Warner a terceira temporada de “Agente 86”, clássica série cômica dos anos 60 com o famoso espião atrapalhado Maxwell Smart, em meio a difíceis missões na Guerra Fria.
No festival de clássicos, a Classicline lança a comédia romântica “Quando setembro vier” (1961, com Rock Hudson e Gina Lollobrigida) e a fita de guerra “Tobruk” (1967, com Rock Hudson e George Peppard).

(*) Coluna "Arte em Foco", do jornal Notícia da Manhã, periódico de Catanduva, edição do dia 20/03/2009. Crédito para as fotos: Divulgação.

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