O diretor, produtor e roteirista de cinema Jules Dassin morreu aos 96 anos ontem. O cineasta estava debilitado desde que sofrera uma fratura no quadril, no ano passado, e faleceu em um hospital em Ygeia, Antenas. Pelo filme “Nunca aos Domingos”, concorreu a dois prêmios Oscar – melhor diretor e melhor roteirista – além do Bafta e da Palma de Ouro em Cannes.
Dassin nasceu em 18 de dezembro de 1911 em Middletown, Connecticut. Iniciou a carreira no mundo das artes como ator no final dos anos 30, atuando em peças de teatro em Nova York. Em 1941 dirigiu o curta “The Tell-Tale Heart”, baseado no conto de Edgar Allan Poe. Seu primeiro longa-metragem foi rodado em 1942, “Nazi Agent”, com o notório Conrad Veidt.
Nos anos 40 realizou muitos filmes nos Estados Unidos, como “O Fantasma de Canterville” (1944), “Um Carta para Evie” (1945), “Brutalidade” (1947) e “Cidade Nua” (1948). Vítima do Macarthismo e acusado de ser comunista, exilou-se na Europa e recomeçou a carreira. Fez filmes na Inglaterra e França. Um deles foi o clássico “Sombras do Mal” (1950), refilmado nos anos 90, e “Aquele que deve Morrer” (1956). Por “Rififi” (1955) ganhou o prêmio de direção no Festival de Cannes.
Em 1959 mudou-se para Atenas, e iniciou um romance com a atriz grega Melina Mercuri, musa de seus filmes. Na Grécia, dirigiu “Nunca aos Domingos” (1960), considerado sua maior obra-prima. O filme concorreu a cinco prêmios Oscar, inclusive de melhor atriz para Melina; venceu apenas o de melhor canção.
Em 1964, rodou a elegante fita sobre roubo e jóias “Topkapi”, que deu a Peter Ustinov o Oscar de ator coadjuvante. Fez ainda “Profanação” (1962) e “Up Tight!” (1968). Nos anos 70 dirigiu obras menores, e encerrou a carreira em 1980 dirigindo “Círculo de Dois Amantes”.
Foi ativista, participou de manifestações políticas contra a ditadura na Grécia, entre os anos 60 e 70. Com a morte da esposa, Melina Mercouri, em 1994, voltou-se para a construção do novo museu da Acrópolis Grega e a atuar em prol à cultura grega.
Teve dois filhos: o popular cantor francês Joseph Dassin (falecido em 1980, aos 41 anos, vítima de um ataque cardíaco) e da atriz Julie Dassin. Por Felipe Brida
Dassin nasceu em 18 de dezembro de 1911 em Middletown, Connecticut. Iniciou a carreira no mundo das artes como ator no final dos anos 30, atuando em peças de teatro em Nova York. Em 1941 dirigiu o curta “The Tell-Tale Heart”, baseado no conto de Edgar Allan Poe. Seu primeiro longa-metragem foi rodado em 1942, “Nazi Agent”, com o notório Conrad Veidt.
Nos anos 40 realizou muitos filmes nos Estados Unidos, como “O Fantasma de Canterville” (1944), “Um Carta para Evie” (1945), “Brutalidade” (1947) e “Cidade Nua” (1948). Vítima do Macarthismo e acusado de ser comunista, exilou-se na Europa e recomeçou a carreira. Fez filmes na Inglaterra e França. Um deles foi o clássico “Sombras do Mal” (1950), refilmado nos anos 90, e “Aquele que deve Morrer” (1956). Por “Rififi” (1955) ganhou o prêmio de direção no Festival de Cannes.
Em 1959 mudou-se para Atenas, e iniciou um romance com a atriz grega Melina Mercuri, musa de seus filmes. Na Grécia, dirigiu “Nunca aos Domingos” (1960), considerado sua maior obra-prima. O filme concorreu a cinco prêmios Oscar, inclusive de melhor atriz para Melina; venceu apenas o de melhor canção.
Em 1964, rodou a elegante fita sobre roubo e jóias “Topkapi”, que deu a Peter Ustinov o Oscar de ator coadjuvante. Fez ainda “Profanação” (1962) e “Up Tight!” (1968). Nos anos 70 dirigiu obras menores, e encerrou a carreira em 1980 dirigindo “Círculo de Dois Amantes”.
Foi ativista, participou de manifestações políticas contra a ditadura na Grécia, entre os anos 60 e 70. Com a morte da esposa, Melina Mercouri, em 1994, voltou-se para a construção do novo museu da Acrópolis Grega e a atuar em prol à cultura grega.
Teve dois filhos: o popular cantor francês Joseph Dassin (falecido em 1980, aos 41 anos, vítima de um ataque cardíaco) e da atriz Julie Dassin. Por Felipe Brida
Um comentário:
A critica foi perfeita...Esse filme é o retrato da realidade, uma verdade que o povo vê e prefere nao acreditar...É uma historia sem fim na realidade e uma denúncia de culpa na fita....é um filme maravilhoso que me fez pensar muito nos " valores "que o poder nos impoe....e no "desespero" que nos faz enxergar que estamos cegos. É aquela pergunta de :Até quando, vamos permitir a manipulacao?
Esse , na minha opiniao é um excelente filme. Voce é um excelente crítico Felipe, eu gosto muito de poder ler o que voce escreve . Voce é como um medico do cinema....sabe quando o caso tem ou quando nao se tem cura...Um perfeito diagnóstico....Um grande abraco, Elaine Bärmann
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