domingo, 6 de abril de 2008

Morre o ator Charlton Heston

Vencedor do Oscar de melhor ator em 1960 pelo filme Ben Hur, o ator Charlton Heston morreu ontem, dia 6, aos 84 anos, na residência onde morava, localizada em Beverly Hills, Califórnia. Debilitado e afastado das telas há cinco anos, em 2002 havia anunciado que sofria de uma doença degenerativa similar ao mal de Alzheimer, causa de sua morte.
Ativista político e defensor do uso de armas, tornou-se notório por interpretar papéis bíblicos e de figuras reais da História. Foi o presidente Andrew Jackson em O Destino me Persegue (1953), Moisés em Os Dez Mandamentos (1956), El Cid, no filme que leva o nome do personagem, lançado em 1961, João Batista em A Maior História de Todos os Tempos (1965), o pintor Michelângelo em Agonia e Êxtase (1965), Marco Antônio em Júlio César (1970) e o cardeal Richelieu em Os Três Mosqueteiros (19173) e na continuação, Os Quatro Mosqueteiros - A Vingança de Milady (1974).
Seu primeiro trabalho no cinema foi em Peer Gynt, em 1941. Trabalhou em clássicos do cinema, como O Maior Espetáculo da Terra (1952), A Selva Nua (1954), Lafitte - O Corsário (1958), A Marca da Maldade (1958), Da Terra Nascem os Homens (1958), 55 Dias em Pequeim (1963), O Senhor da Guerra (1965), Khartoum - A Batalha do Nilo (1966), Terremoto (1974) e Midway (1976). Participou dos dois primeiros filmes da série "O Planeta dos Macacos" - O Planeta dos Macacos (1968) e De Volta ao Planeta dos Macacos (1970), e ainda emprestou a voz para o personagem de Zaius na refilmagem de Tim Burton, lançada em 2001. Trabalhou em filmes cults, como A Última Esperança da Terra (1971) e No Mundo de 2020 (1973), e também fez participações especiais em outros, como Tombstone - A Justiça Está Chegando (1993), True Lies (1994) e Um Domingo Qualquer (1999).
Como diretor, refilmou, para a TV, o clássico "O Homem que Não Vendeu sua Alma", em 1988, em que também interpreta o personagem principal, Sir Thomas More.
Por se posicionar, em público, favorável à liberação de armas de fogo (e eleito em 1997 como vice-presidente da Associação Nacional de Armas dos Estados Unidos), tornou-se um dos principais alvos do diretor Michael Moore no polêmico filme Tiros em Columbine (2002). A fita encerra com um bate-papo entre Heston e Moore, uma conversa que começa bem e termina desagradável.
Nascido em outubro de 1924 em Evanston, Illinois, Charlton Heston era casado desde 1944 com Lydia Clarke. Deixa dois filhos. Por Felipe Brida

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