O Vigarista do Ano
O ambicioso escritor Clifford Irving (Richard Gere) envolve-se em uma tremenda fraude para subir na vida: forja documentos “assinados” pelo bilionário Howard Hughes que o autoriza a escrever sua biografia. Junto com o comparsa Dick Suskind (Alfred Molina), Irving inicia uma aventura literária que poderá não terminar bem. Ao publicar o livro, tal façanha causa um grande impacto nos Estados Unidos, inclusive no próprio Hughes.
Um bom filme para quem gosta de conhecer histórias intrigantes. E real! A publicação de uma biografia “autorizada” de Howard Hughes aconteceu mesmo e, na época (nos anos 70), virou assunto na mídia norte-americana e enorme polêmica nos Estados Unidos. Porém, fora de lá, o caso ficou desconhecido, e agora, com este drama, vem a oportunidade de saber mais sobre um fato tão cabuloso e conturbado.
As situações criadas pelo escritor narcisista Clifford Irving, bem interpretado por Richard Gere, em um de seus melhores trabalhos, convenciam a todos que o cercavam. Mentia descaradamente e, com a lábia enganadora, driblava empresários, magnatas, colegas de trabalho. Um deles era Suskind, outro grande trabalho do sempre bom Alfred Molina, personagem que serve de escada para as idéias malucas de Irving. Enfim, era um mentiroso nato em busca de sucesso e reconhecimento e que criava um mundo de ilusão e disseminava a falsa realidade com precisão certeira. Engraçado que o público é atraído pelo carisma do anti-herói e torce para que ele se dê bem na empreitada! Isto reflete em nós o sentimento dos que conviveram com Irving, estratégia proposital bem acertada pelos roteiristas e diretor desta comédia dramática.
Preparem-se: na história haverá lances inteligentes e reviravoltas. E nem sempre o conteúdo dramático predomina. Situações divertidas e tons de suspense são inseridos para quebrar as longas conversas e dinamizar o ritmo do filme. Podemos classificá-lo como um estudo interessante sobre mentira, oportunismo e orgulho caracterizando uma personalidade geniosa e, ao mesmo tempo, assustadora.
Como curiosidade, Irving (o verdadeiro, que está vivo, não aprovou a realização deste projeto) foi peça-chave para o caso Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon. Tal assunto é apenas citado no filme e não vai a fundo, já que daria outro projeto para cinema.
Vale conhecer e até rever esta fita dirigida por Lasse Hallstrom, duas vezes indicado ao Oscar – “Minha Vida de Cachorro” (1985) e “Regras da Vida” (1999). Eu assistiria de novo sim. Disponível em DVD. Por Felipe Brida
Título original: The Hoax
País/Ano: EUA, 2006
Elenco: Richard Gere, Alfred Molina, Hope Davis, Marcia Gay Harden, David Aaron Baker, Eli Wallach, Stanley Tucci, Julie Delpy, Zeljko Ivanek.
Direção: Lasse Hallstrom
Gênero: Comédia dramática
Duração: 116 min.
O ambicioso escritor Clifford Irving (Richard Gere) envolve-se em uma tremenda fraude para subir na vida: forja documentos “assinados” pelo bilionário Howard Hughes que o autoriza a escrever sua biografia. Junto com o comparsa Dick Suskind (Alfred Molina), Irving inicia uma aventura literária que poderá não terminar bem. Ao publicar o livro, tal façanha causa um grande impacto nos Estados Unidos, inclusive no próprio Hughes.
Um bom filme para quem gosta de conhecer histórias intrigantes. E real! A publicação de uma biografia “autorizada” de Howard Hughes aconteceu mesmo e, na época (nos anos 70), virou assunto na mídia norte-americana e enorme polêmica nos Estados Unidos. Porém, fora de lá, o caso ficou desconhecido, e agora, com este drama, vem a oportunidade de saber mais sobre um fato tão cabuloso e conturbado.
As situações criadas pelo escritor narcisista Clifford Irving, bem interpretado por Richard Gere, em um de seus melhores trabalhos, convenciam a todos que o cercavam. Mentia descaradamente e, com a lábia enganadora, driblava empresários, magnatas, colegas de trabalho. Um deles era Suskind, outro grande trabalho do sempre bom Alfred Molina, personagem que serve de escada para as idéias malucas de Irving. Enfim, era um mentiroso nato em busca de sucesso e reconhecimento e que criava um mundo de ilusão e disseminava a falsa realidade com precisão certeira. Engraçado que o público é atraído pelo carisma do anti-herói e torce para que ele se dê bem na empreitada! Isto reflete em nós o sentimento dos que conviveram com Irving, estratégia proposital bem acertada pelos roteiristas e diretor desta comédia dramática.
Preparem-se: na história haverá lances inteligentes e reviravoltas. E nem sempre o conteúdo dramático predomina. Situações divertidas e tons de suspense são inseridos para quebrar as longas conversas e dinamizar o ritmo do filme. Podemos classificá-lo como um estudo interessante sobre mentira, oportunismo e orgulho caracterizando uma personalidade geniosa e, ao mesmo tempo, assustadora.
Como curiosidade, Irving (o verdadeiro, que está vivo, não aprovou a realização deste projeto) foi peça-chave para o caso Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon. Tal assunto é apenas citado no filme e não vai a fundo, já que daria outro projeto para cinema.
Vale conhecer e até rever esta fita dirigida por Lasse Hallstrom, duas vezes indicado ao Oscar – “Minha Vida de Cachorro” (1985) e “Regras da Vida” (1999). Eu assistiria de novo sim. Disponível em DVD. Por Felipe Brida
Título original: The Hoax
País/Ano: EUA, 2006
Elenco: Richard Gere, Alfred Molina, Hope Davis, Marcia Gay Harden, David Aaron Baker, Eli Wallach, Stanley Tucci, Julie Delpy, Zeljko Ivanek.
Direção: Lasse Hallstrom
Gênero: Comédia dramática
Duração: 116 min.
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