Festival de Cinema de Berlim completa 75 anos
Fundado em 1951 e por quase 30 anos realizado no mês de junho, o Festival de Berlim integra, junto aos de Cannes e Veneza, a lista dos mais reconhecidos festivais de cinema da Europa, atraindo milhares de visitantes e cinéfilos em suas edições. A média é de 400 títulos por ano, exibidos em diversos espaços culturais e salas de cinema de Berlim, a maior parte nos arredores de Potsdamer Platz, praça estratégica do centro comercial da capital, composta por shoppings, cinemas e lojas. As exibições estão distribuídas em seções especiais, como a Competição Principal (em que se disputa o principal prêmio do festival, o Urso de Ouro), o Panorama, o Forum, o Generation (para jovens), as Perspectives, o Berlinale Special, o Berlinale Shorts e o Berlinale Classics (com longas restaurados e tributos).
Os principais troféus, o Urso de Ouro e os Ursos de Prata, são concedidos pelo júri internacional, costumeiramente presidido por nomes renomados do cinema. O Urso de Ouro é dado a um filme considerado o melhor daquele ano – tanto longa quanto curta-metragem, enquanto o Urso de Prata engloba diversas categoriais e subcategorias, como o ‘Prêmio Especial do Júri’ (‘Grand Prix’), apontado como o ‘segundo melhor filme do festival’, e ainda os de melhor diretor, melhor ator, melhor atriz, melhor roteiro, melhor curta-metragem e melhor contribuição artística. A estatueta em formato de urso foi concebida pela escultora alemã Renée Sintenis.
Há ainda no evento o Berlinale Talents, uma programação com palestras e workshops realizada ao longo de uma semana, voltado a jovens cineastas.
A próxima edição do festival está marcada entre os dias 12 e 22 de fevereiro de 2026, e a programação completa deve ser divulgada em breve.
Desde 2000 o palco central de exibições e recepção de convidados é o Theatre am Potsdamer Platz, conhecido como ‘Berlinale Palast’. A produtora de cinema Mariette Rissenbeek ocupa o cargo de diretora executiva do festival desde 2019, ao lado do diretor artístico Carlo Chatrian – ela é a primeira mulher a liderar a Berlinale.
Durante a pandemia da Covid-19, houve duas edições encurtadas do festival, nos anos de 2021 e 2022, só se restabelecendo a partir de 2023 – fato que ocorreu na maioria dos festivais de cinema ao redor do mundo. As edições de 2023, 2024 e 2025 reuniram o maior número de filmes inscritos, o maior de exibições públicas e o maior público, demonstrando a força dos festivais de cinema.
Já o Urso de Prata foi entregue em três momentos – em 1986, quando a atriz Marcélia Cartaxo o ganhou por ‘A hora da estrela’, de Suzana Amaral; em 1987 quando Ana Beatriz Nogueira levou pelo filme ‘Vera’, de Sergio Toledo; e em 1998 com Fernanda Montenegro por ‘Central do Brasil’.
Brasil também recebeu quatro estatuetas na categoria ‘Grand Prix’: em 1964 por ‘Os fuzis’, de Ruy Guerra; em 1969 por ‘Brasil Ano 2000’, de Walter Lima Jr; em 1978 por ‘A queda’, de Ruy Guerra e Nelson Xavier; e em 2025 por ‘O último azul’, de Gabriel Mascaro.
Da primeira edição até a de 2025 o país concorreu 31 vezes ao Urso de Ouro, com filmes de repercussão lá fora, como ‘Sinhá Moça’, ‘O padre e a moça’, ‘Toda nudez será castigada’, ‘Pra frente Brasil’, ‘O que é isso, companheiro?’ e ‘O ano em que meus pais saíram de férias’.
Nos
próximos dias mais textos sobre a Berlinale.
Créditos das fotos - Berlinale (site e assessoria, em https://www.berlinale.de/en/home.html)





Nenhum comentário:
Postar um comentário