segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Resenha Especial


Pequena grande vida

Cientistas criam uma nova civilização reduzindo pessoas a um tamanho de 13 centímetros de altura. Paul (Matt Damon) e a esposa Audrey (Kristen Wiig) candidatam-se para o projeto pioneiro; eles são aceitos, reduzidos, e a partir daí surpresas e reviravoltas se sucederão na vida do casal, quando partem para morar na minúscula Lazerlândia.

Vaiado pelo público e pela crítica em 2017, a comédia dramática a la “Querida, encolhi as crianças” fracassou nas bilheterias mundiais, sendo o projeto mais caro do diretor e roteirista Alexander Payne, em mais uma parceria com o roteirista Jim Taylor – eles fizeram “Eleição” (1999), “As confissões de Schmidt” (2002) e “Sideways: Entre umas e outras” (2004). Eram esperadas indicações ao Oscar, mas o filme não pegou nenhuma (mas esteve, por exemplo, na edição de 2017 do Festival de Veneza, indicado ao Leão de Ouro).
Não é uma comédia para gargalhar, tem um lado dramático pungente, dialoga com os avanços tecnológicos da Medicina e as possibilidades da intervenção genética, conta com um Matt Damon maduro, e um papel extraordinário da tailandesa Hong Chau, da série “Watchmen”, indicada ao Globo de Ouro e ao SAG, na pele da ativista vietnamita durona, mas de coração generoso com os pobres, e que usa perna mecânica – para mim a figura mais presente e humanizada do filme. O duas vezes ganhador do Oscar Christoph Waltz também tem um personagem memorável!



Apesar de longo, agrada até quem não curte temas futuristas/scifi - eu pertenço ao time reduzido dos que gostaram da fita. Veja e tire suas conclusões.

Pequena grande vida (Downsizing). EUA/Noruega, 2017, 135 minutos. Drama/Ficção científica. Colorido. Dirigido por Alexander Payne. Distribuição: Paramount Pictures

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