sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Cine Especial



Boneco do mal

Greta (Lauren Cohan) recebe uma irrecusável proposta de emprego, para trabalhar numa velha mansão como cuidadora de uma criança. Ao chegar lá, no primeiro dia, descobre que a criança é, na verdade, um boneco, que ocupa o lugar do filho dos proprietários da casa, que morreu há 20 anos. Greta tem uma lista de afazeres diários, e quando ela deixa de cumprir um, estranhos eventos tomam conta da mansão.

Rodado no Canadá com orçamento pequeno (U$ 10 milhões, rendendo U$ 36 milhões de bilheteria nos cinemas, em 2016), o filme de terror é um dos bons exemplares do gênero feitos recentemente, que não entrega o óbvio, ameniza cenas sangrentas de mortes, e guarda um momento-surpresa para o desfecho. É mais suspense psicológico que terror propriamente dito, por isso se diferencia da enxurrada de fitas do ramo e vale uma assistida. O boneco é sinistro, com um estranho rosto pálido, sem expressão, e cheio de segredos (ele ocupa o lugar de uma criança que morreu queimada, e aos poucos essa tragédia se revela no desenrolar do longa).
Como fã de cinema de horror, deixo a dica para quem ainda não assistiu (ele tem disponível em DVD e Bluray) – o roteirista Stacey Menear estreou aqui, e é o melhor trabalho do diretor William Brent Bell, que fez fitas B do gênero, como “Filha do mal” (2012).


Teve uma péssima continuação que estreou nos cinemas em março passado, que no Brasil mudou de título duas vezes, ficando “Brahms: Boneco do mal 2” (do mesmo diretor, e no elenco tem Katie Holmes). Esqueça essa segunda parte...

Boneco do mal (The boy). EUA/Canadá/China, 2016, 97 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por William Brent Bell. Distribuição: Imagem Filmes

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