Greta (Lauren Cohan) recebe uma irrecusável proposta de emprego, para trabalhar numa velha mansão como cuidadora de uma criança. Ao chegar lá, no primeiro dia, descobre que a criança é, na verdade, um boneco, que ocupa o lugar do filho dos proprietários da casa, que morreu há 20 anos. Greta tem uma lista de afazeres diários, e quando ela deixa de cumprir um, estranhos eventos tomam conta da mansão.
Rodado no Canadá com orçamento pequeno (U$ 10 milhões, rendendo U$ 36 milhões de bilheteria nos cinemas, em 2016), o filme de terror é um dos bons exemplares do gênero feitos recentemente, que não entrega o óbvio, ameniza cenas sangrentas de mortes, e guarda um momento-surpresa para o desfecho. É mais suspense psicológico que terror propriamente dito, por isso se diferencia da enxurrada de fitas do ramo e vale uma assistida. O boneco é sinistro, com um estranho rosto pálido, sem expressão, e cheio de segredos (ele ocupa o lugar de uma criança que morreu queimada, e aos poucos essa tragédia se revela no desenrolar do longa).
Como fã de cinema de horror, deixo a dica para quem ainda não assistiu (ele tem disponível em DVD e Bluray) – o roteirista Stacey Menear estreou aqui, e é o melhor trabalho do diretor William Brent Bell, que fez fitas B do gênero, como “Filha do mal” (2012).
Teve uma péssima continuação que estreou nos cinemas em março passado, que no Brasil mudou de título duas vezes, ficando “Brahms: Boneco do mal 2” (do mesmo diretor, e no elenco tem Katie Holmes). Esqueça essa segunda parte...
Boneco do mal (The boy). EUA/Canadá/China, 2016, 97 minutos. Terror. Colorido. Dirigido por William Brent Bell. Distribuição: Imagem Filmes
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