Arthur – O milionário irresistível
O milionário Arthur Bach (Russell Brand) usa e abusa de sua fortuna ilimitada, como um bon vivant. Na mansão onde vive, tem como fiel companheira a babá de longa data, Sra. Hobson (Helen Mirren), que o mantém longe de problemas. Já com mais de 30 anos, Arthur precisa enfrentar com responsabilidade um enorme desafio: casar-se. Para isso terá de escolher entre a ambiciosa executiva Susan (Jennifer Garner), cuja proposta de casamento é arranjada, e o grande amor de sua vida, Naomi (Greta Gerwig), sendo que o futuro com esta é incerto.
Descartável refilmagem da comédia “Arthur – O milionário sedutor” (1981), que fez muito sucesso no Brasil. O original não é assim tão velho, que exija remake, até mesmo porque era bom, com elenco em forma (o falecido Dudley Moore foi indicado ao Oscar de ator e Liza Minnelli interpretava a paixão de sua vida) e trazia a famosa canção-tema do personagem, “Best that you can do”, escrita por Burt Bacharach e cantada por Cristopher Cross, ganhadora do prêmio da Academia. Inclusive inseriram aqui, em tom incidental, trechos da música.
Nessa reinvenção de Arthur, os produtores erraram ao mudar o perfil de Arthur. Ele não é mais beberrão, não faz as típicas piadinhas de mau gosto nem cria situações embaraçosas. Agora ele é mais jovem, com jeito de criança mimada. O ator, Russell Brand, não ajuda em nada com a falta de carisma e excesso de caretas. Outra mudança está na substituição do mordomo conselheiro do original, que era interpretado por Sir John Gielgud, um dos grandes atores do cinema, de origem inglesa, que ganhou um merecido Oscar pelo papel em 1982, aos 78 anos! Botaram agora uma babá que sempre cuidou de Arthur, desde pequeno, para ser a escudeira dele – Helen Mirren está desperdiçada, nem um pouco à vontade na pele dessa governanta moderna.
A história sobre um milionário que tem tudo, menos amor, de um homem sozinho dividido entre duas mulheres super distintas, não convence principalmente pelo ator principal ser insosso e a direção pecar por não recorrer ao tom de romance, e ficar numa farsa contemporânea mal desenvolvida. Quem dirige esse fraco filme, que obteve baixa bilheteria nos cinemas, é Jason Winer, que tem no currículo apenas algumas séries de TV.
A comédia original, além de levar o Oscar de ator coadjuvante e o de canção, recebeu duas outras indicações – a de melhor ator, já mencionado, e roteiro original. Sete anos mais tarde fizeram a continuação inferior “Arthur – O milionário arruinado”, que por pouco não garantiu inúmeras Framboesas de Ouro que concorria.
Um equívoco. Procure o original, disponível em DVD pela Warner. Por Felipe Brida
Arthur – O milionário irresistível (Arthur). EUA, 2011, 110 min. Comédia. Dirigido por Jason Winer. Distribuição: Warner Bros.
O milionário Arthur Bach (Russell Brand) usa e abusa de sua fortuna ilimitada, como um bon vivant. Na mansão onde vive, tem como fiel companheira a babá de longa data, Sra. Hobson (Helen Mirren), que o mantém longe de problemas. Já com mais de 30 anos, Arthur precisa enfrentar com responsabilidade um enorme desafio: casar-se. Para isso terá de escolher entre a ambiciosa executiva Susan (Jennifer Garner), cuja proposta de casamento é arranjada, e o grande amor de sua vida, Naomi (Greta Gerwig), sendo que o futuro com esta é incerto.
Descartável refilmagem da comédia “Arthur – O milionário sedutor” (1981), que fez muito sucesso no Brasil. O original não é assim tão velho, que exija remake, até mesmo porque era bom, com elenco em forma (o falecido Dudley Moore foi indicado ao Oscar de ator e Liza Minnelli interpretava a paixão de sua vida) e trazia a famosa canção-tema do personagem, “Best that you can do”, escrita por Burt Bacharach e cantada por Cristopher Cross, ganhadora do prêmio da Academia. Inclusive inseriram aqui, em tom incidental, trechos da música.
Nessa reinvenção de Arthur, os produtores erraram ao mudar o perfil de Arthur. Ele não é mais beberrão, não faz as típicas piadinhas de mau gosto nem cria situações embaraçosas. Agora ele é mais jovem, com jeito de criança mimada. O ator, Russell Brand, não ajuda em nada com a falta de carisma e excesso de caretas. Outra mudança está na substituição do mordomo conselheiro do original, que era interpretado por Sir John Gielgud, um dos grandes atores do cinema, de origem inglesa, que ganhou um merecido Oscar pelo papel em 1982, aos 78 anos! Botaram agora uma babá que sempre cuidou de Arthur, desde pequeno, para ser a escudeira dele – Helen Mirren está desperdiçada, nem um pouco à vontade na pele dessa governanta moderna.
A história sobre um milionário que tem tudo, menos amor, de um homem sozinho dividido entre duas mulheres super distintas, não convence principalmente pelo ator principal ser insosso e a direção pecar por não recorrer ao tom de romance, e ficar numa farsa contemporânea mal desenvolvida. Quem dirige esse fraco filme, que obteve baixa bilheteria nos cinemas, é Jason Winer, que tem no currículo apenas algumas séries de TV.
A comédia original, além de levar o Oscar de ator coadjuvante e o de canção, recebeu duas outras indicações – a de melhor ator, já mencionado, e roteiro original. Sete anos mais tarde fizeram a continuação inferior “Arthur – O milionário arruinado”, que por pouco não garantiu inúmeras Framboesas de Ouro que concorria.
Um equívoco. Procure o original, disponível em DVD pela Warner. Por Felipe Brida
Arthur – O milionário irresistível (Arthur). EUA, 2011, 110 min. Comédia. Dirigido por Jason Winer. Distribuição: Warner Bros.
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