quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cine Lançamento

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Hanna

Hanna (Saoirse Ronan) é uma garota de 16 anos treinada pelo pai, Erik (Eric Bana), para ser uma assassina profissional. A jovem vive com ele em uma gélida floresta da Finlândia. Certo dia os dois passam a ser alvo de uma organização governamental e têm de fugir para não serem mortos. Pai e filha tomam caminhos opostos. Hanna, por sua vez, refugia-se na Alemanha, mas logo é descoberta e fica sob a mira desse grupo, liderado pela agente especial Marissa (Cate Blanchett). Diante da morte que se aproxima, a garota usará as artimanhas de luta para sobreviver em meio a uma caçada sem trégua.

Quem me conhece sabe o quanto sou fã do diretor Joe Wright – do comovente “Desejo e reparação”, do poético “O solista” e do mediano filme de época “Orgulho e preconceito”. Seu novo trabalho, “Hanna”, um autêntico exercício de estilo, confirma a importância desse cineasta para o mundo da sétima arte. “Hanna” é incrível, com notável qualidade técnica, acabamento e elenco. Uma fita que custou quase U$ 30 milhões e rendeu U$ 57 milhões, ou seja, bilheteria razoável. Aqui no Brasil, por exemplo, assim como em muitos países, mal passou nos cinemas e ficou desconhecido do público. Agora em DVD fica fácil conferir o novo Joe Wright.
Primeiramente o filme é de ação, com edição frenética e trilha sonora furiosa. Cortes rápidos, som fumegante, tudo ágil para incorporar o espírito da personagem-título, a garota treinada para matar. Hanna passa o tempo todo correndo (Corra, Hanna, Corra!), perseguida por agentes especiais que querem sua cabeça a todo custo.
A cena de abertura mostra a jovem sozinha em uma paisagem gélida e inóspita, na Finlânida, caçando um animal com flecha (uma das armas que utiliza ao longo do filme). A seqüência, muito bem feita, deixa vestígios do instinto matador da menina, ensinada pelo pai a se defender com verdadeiras estratégias de movimentos de mãos. Separada do seu mestre à força, cada um foge para um canto, e ela passa a ser perseguida por uma organização governamental liderada por uma agente inescrupulosa (a vilã da história, feita com maestria pela sempre notória Cate Blanchett). E aos poucos o público monta as peças do quebra-cabeça em torno da caçada, os motivos etc
Os enquadramentos da fita carregam curiosa fluência, o roteiro intriga, a fotografia fascina (como a do início e a do desfecho). Uma beleza visual em muitos aspectos que requer atenção especial. Prepare-se: o filme nos deixa atônitos, e até agora é um dos melhores do ano.
O diretor Wright volta a trabalhar com empolgação sistemática com a atriz que havia revelado em “Desejo e reparação” – na época mirim, com 13 anos, Saoirse Ronan recebeu indicação ao Oscar de coadjuvante (interpretação espetacular como a garota que causa uma intriga violenta na vida do namorado da irmã, acusando-o de um crime que não cometera). Hoje ela está com 17 anos, sendo uma das melhores atrizes do momento. Por Felipe Brida

Hanna (Idem). EUA/Inglaterra/Alemanha, 2011, 111 min. Ação. Dirigido por Joe Wright. Distribuição: Sony Pictures

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