quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Viva Nostalgia!

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Um lugar ao sol

George Eastman (Montgomery Clift) é um jovem ambicioso que vai para a cidade grande para trabalhar na fábrica do tio rico. Fora da empresa, inicia um relacionamento passageiro com Alice Tripp (Shelley Winters), colega de trabalho, de origem simples. Quando descobre que a garota está grávida, Eastman afasta-se dela e logo começa um namoro com Ângela (Elizabeth Taylor), uma menina rica. Quando Alice passa a ameaçá-lo para reatarem o relacionamento, o jovem bola um desmedido plano de assassinato.

Obra-prima máxima de George Stevens, vencedor de seis prêmios da Academia, merecidos – melhor diretor, roteiro, trilha sonora (do famoso Franz Waxman), figurino, edição e fotografia; ainda recebeu indicações ao Oscar de ator (Clift), atriz (Shelley Winters) e filme, além do cineasta Stevens ter concorrido ao Grande Prêmio de Cannes e ao Globo de Ouro.
O drama divide-se em duas partes: no início, a saga de um rapaz humilde (o galã Clift, que morreu prematuro), ambicioso pelo poder, que chega à cidade grande em busca de um lugar ao sol. Enamora-se com uma garota pobre (Shelley Winters, em papel correto, de moça rejeitada, sofredora), funcionária da fábrica onde ambos trabalham. Ao mesmo tempo apaixona-se por uma jovem de família rica (papel de Liz Taylor, então com 17 anos, no início de carreira – nesse filme firmou o estrelato projetando-se rapidamente no mundo do cinema). Ele abandona a namorada grávida para ficar com a segunda. A partir daí tem início o segundo bloco da história, do rapaz que, para ficar com a pessoa que tanto ama, é movido pelos instintos mais desesperadores a ponto de cometer um crime, que mudará para sempre a sua rotina.
Sob a ótica peculiar do notório George Stevens, criador de clássicos memoráveis como “Assim caminha a humanidade” e “Os brutos também amam”, “Um lugar ao sol” encabeça a lista dos grandes filmes da sétima arte.
Um drama romântico um tanto quanto pesado, trágico, sem desfecho feliz, adaptado do livro “Uma tragédia americana”, de 1925, escrito por Theodore Dreiser, que pelo título podemos entender a essência da obra.
Universaliza temas comuns do cotidiano, como crime passional, ambição e busca pelo poder, e mexe com tabus, como a jovem abandonada grávida, que será mãe solteira, em uma época em que isto era visto com maus olhos pela sociedade.
Distribuído em DVD no mercado somente agora pela Paramount, em excelente cópia limitada, com bons extras, voltada a colecionadores. Obrigatório para os cinéfilos. Por Felipe Brida


Um lugar ao sol (A place in the sun). EUA, 1951, 121 min. Romance/Drama. Dirigido por George Stevens. Distribuição: Paramount Pictures

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