O segundo rosto
Vice-presidente de um importante banco, Arthur Hamilton (John Randolph) é um homem de meia-idade, casado e infeliz com sua vida pessoal e profissional. Certo dia contrata uma empresa especializada em "renascimento" com o intuito de se transformar em outra pessoa. A organização forja sua morte em um incêndio. Hamilton então passa por uma série de cirurgias plásticas, que o faz renascer na figura do pintor Antiochus Wilson (Rock Hudson). Renovado por fora, Hamilton (ou Wilson) é acometido por uma crise de identidade, tendo de lidar com os fantasmas do passado.
A distribuidora brasileira ‘Lume Filmes’ lançou recentemente no mercado esse drama desafiador de 1966, dirigido pelo notório cineasta John Frankenheimer em sua fase de ouro, na mesma década em que realizou os clássicos “O homem de Alcatraz”, “Sob o domínio do mal”, “O homem de Kiev”, “O trem” e “Grand Prix”.
Indicado ao Oscar de melhor fotografia (em preto-e-branco), “O segundo rosto” registra a transformação radical de um homem rico, infeliz com a vida, em um outro aparentemente bem sucedido. Tudo graças a uma misteriosa empresa, responsável em forjar mortes com o objetivo de “apagar” tal pessoa da sociedade. E como conseqüência devolve a mesma pessoa com aspectos físicos modificados por cirurgias (rosto, mãos etc). Hamilton “morre” ressurgindo na pele do pintor Antiochus Wilson que, em pouco tempo, sofrerá as mesmas angústias e tormentos daquele primeiro. Por fora há nova roupagem, mas por dentro o sentimento continua sem alterações.
Misturando drama e ficção científica, “O segundo rosto” permanece original, intenso, auxiliado pela direção de arte que lembra pesadelos, com imagens retorcidas gravadas em grande ocular, que deforma o enquadramento, provocando um ar de tormento em torno dos personagens, sem contar a coerência com o clima sombrio.
A abertura original traz os letreiros inovadores do famoso designer Saul Bass, que criou os famosos créditos de “Psicose” e de outros filmes de Hitchcock, aliado a cenas de um rosto humano retorcido por efeitos de câmera.
Recebeu ainda indicação à Palma de Ouro em Cannes. Assustador, com final indigesto e frio o bastante para incomodar. Conheça. Por Felipe Brida
O segundo rosto (Seconds). EUA, 1966, 106 min. Ficção científica. Dirigido por John Frankenheimer. Distribuição: Lume Filmes
Vice-presidente de um importante banco, Arthur Hamilton (John Randolph) é um homem de meia-idade, casado e infeliz com sua vida pessoal e profissional. Certo dia contrata uma empresa especializada em "renascimento" com o intuito de se transformar em outra pessoa. A organização forja sua morte em um incêndio. Hamilton então passa por uma série de cirurgias plásticas, que o faz renascer na figura do pintor Antiochus Wilson (Rock Hudson). Renovado por fora, Hamilton (ou Wilson) é acometido por uma crise de identidade, tendo de lidar com os fantasmas do passado.
A distribuidora brasileira ‘Lume Filmes’ lançou recentemente no mercado esse drama desafiador de 1966, dirigido pelo notório cineasta John Frankenheimer em sua fase de ouro, na mesma década em que realizou os clássicos “O homem de Alcatraz”, “Sob o domínio do mal”, “O homem de Kiev”, “O trem” e “Grand Prix”.
Indicado ao Oscar de melhor fotografia (em preto-e-branco), “O segundo rosto” registra a transformação radical de um homem rico, infeliz com a vida, em um outro aparentemente bem sucedido. Tudo graças a uma misteriosa empresa, responsável em forjar mortes com o objetivo de “apagar” tal pessoa da sociedade. E como conseqüência devolve a mesma pessoa com aspectos físicos modificados por cirurgias (rosto, mãos etc). Hamilton “morre” ressurgindo na pele do pintor Antiochus Wilson que, em pouco tempo, sofrerá as mesmas angústias e tormentos daquele primeiro. Por fora há nova roupagem, mas por dentro o sentimento continua sem alterações.
Misturando drama e ficção científica, “O segundo rosto” permanece original, intenso, auxiliado pela direção de arte que lembra pesadelos, com imagens retorcidas gravadas em grande ocular, que deforma o enquadramento, provocando um ar de tormento em torno dos personagens, sem contar a coerência com o clima sombrio.
A abertura original traz os letreiros inovadores do famoso designer Saul Bass, que criou os famosos créditos de “Psicose” e de outros filmes de Hitchcock, aliado a cenas de um rosto humano retorcido por efeitos de câmera.
Recebeu ainda indicação à Palma de Ouro em Cannes. Assustador, com final indigesto e frio o bastante para incomodar. Conheça. Por Felipe Brida
O segundo rosto (Seconds). EUA, 1966, 106 min. Ficção científica. Dirigido por John Frankenheimer. Distribuição: Lume Filmes
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