Fome de viver
Em Manhattan, a vampira Miriam Blaylock (Catherine Deneuve) mantém-se viva e bela através dos séculos com o sangue dos amantes. Vive em uma mansão luxuosa com o atual parceiro, John (David Bowie), que, do dia para a noite, começa a envelhecer rapidamente. Ele descobre ser portador de uma doença grave e precisa correr contra o tempo para não morrer. Para tanto recorre à geriatra Sarah Roberts (Susan Sarandon), que desenvolve estudos pioneiros sobre envelhecimento. Até que Miriam sente-se atraída por esta médica, e ambas iniciam um tórrido relacionamento que trará conseqüências assustadoras.
Cultuado filme de terror com romance, “Fome de viver” reinventa o gênero, criando vampiros sensuais, neogóticos, que moram em mansões de luxo. São criaturas de bom gosto, vanguardistas, colecionadores de arte renascentista e de berloques egípcios, no caso de Miriam, papel interpretado pela atriz francesa Catherine Deneuve, cuja beleza é o grande torpor dessa fita de arte de excepcional fotografia que lembra formato de videoclipes dos anos 80.
Foge das convenções e dos estereótipos. Aqui, em vez da capa preta e dos dentes afiados, eles vestem roupas elegantes, óculos escuros e não mordem pescoço, mas sugam o sangue das vítimas pelo pulso.
A história tem tom macabro, em especial a cruel relação de posse da vampira pós-moderna que encaixota os amantes para viver eternamente com ela na mesma casa.
Baseado no romance de Whitley Strieber, “Fome de viver” sempre esteve na lista dos meus filmes preferidos. Vale destacar ainda a participação do cantor e ator David Bowie, caracterizado por uma maquiagem de arrepiar que mostra o envelhecimento repentino (a doença existe e chama-se ‘progeria’), além de Susan Sarandon, super sexy em início de carreira. Ficou famosa a sequência de lesbianismo (poética e nada abusada) entre ela e Deneuve, ao som da bonita música “Lakmé”, de Delibes.
É a estréia na direção do inglês Tony Scott, irmão de Ridley, responsável por “Top Gun – Ases indomáveis”, “Dias de trovão”, “Inimigo do estado” e o recente “Incontrolável”.
Um primor em todos os sentidos! Procure conhecer, e espero que aprecie. Por Felipe Brida
Fome de viver (The hunger). Inglaterra, 1983, 96 min. Horror/Romance. Dirigido por Tony Scott. Distribuição: Warner Bros.
Em Manhattan, a vampira Miriam Blaylock (Catherine Deneuve) mantém-se viva e bela através dos séculos com o sangue dos amantes. Vive em uma mansão luxuosa com o atual parceiro, John (David Bowie), que, do dia para a noite, começa a envelhecer rapidamente. Ele descobre ser portador de uma doença grave e precisa correr contra o tempo para não morrer. Para tanto recorre à geriatra Sarah Roberts (Susan Sarandon), que desenvolve estudos pioneiros sobre envelhecimento. Até que Miriam sente-se atraída por esta médica, e ambas iniciam um tórrido relacionamento que trará conseqüências assustadoras.
Cultuado filme de terror com romance, “Fome de viver” reinventa o gênero, criando vampiros sensuais, neogóticos, que moram em mansões de luxo. São criaturas de bom gosto, vanguardistas, colecionadores de arte renascentista e de berloques egípcios, no caso de Miriam, papel interpretado pela atriz francesa Catherine Deneuve, cuja beleza é o grande torpor dessa fita de arte de excepcional fotografia que lembra formato de videoclipes dos anos 80.
Foge das convenções e dos estereótipos. Aqui, em vez da capa preta e dos dentes afiados, eles vestem roupas elegantes, óculos escuros e não mordem pescoço, mas sugam o sangue das vítimas pelo pulso.
A história tem tom macabro, em especial a cruel relação de posse da vampira pós-moderna que encaixota os amantes para viver eternamente com ela na mesma casa.
Baseado no romance de Whitley Strieber, “Fome de viver” sempre esteve na lista dos meus filmes preferidos. Vale destacar ainda a participação do cantor e ator David Bowie, caracterizado por uma maquiagem de arrepiar que mostra o envelhecimento repentino (a doença existe e chama-se ‘progeria’), além de Susan Sarandon, super sexy em início de carreira. Ficou famosa a sequência de lesbianismo (poética e nada abusada) entre ela e Deneuve, ao som da bonita música “Lakmé”, de Delibes.
É a estréia na direção do inglês Tony Scott, irmão de Ridley, responsável por “Top Gun – Ases indomáveis”, “Dias de trovão”, “Inimigo do estado” e o recente “Incontrolável”.
Um primor em todos os sentidos! Procure conhecer, e espero que aprecie. Por Felipe Brida
Fome de viver (The hunger). Inglaterra, 1983, 96 min. Horror/Romance. Dirigido por Tony Scott. Distribuição: Warner Bros.
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