
Por Felipe Brida *
Lançado em 1981, o épico moderno Reds retrata com seriedade e precisão a trajetória do jornalista John Reed (1887-1920), que, após viajar o mundo para cobrir guerras e revoluções no início do século 20, identificou-se com o comunismo na Rússia e muda para o país com o intuito de conhecer seus ideais. Lá, aprendeu a cartilha da Revolução Bolchevique, tornou-se ativista do sistema de governo e, ao retornar aos Estados Unidos, iniciou a formação do Partido dos Trabalhadores.
Reed vivenciou um período da história contemporânea de grandes transformações sociais e políticas em todo o mundo. Absorveu conceitos e estratégias daquela nova forma de política, baseada no notório Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, que afrontava diretamente o capitalismo reinante. Com apenas 28 anos, ficou famoso pelos discursos inflamados e influenciou futuras gerações de ativistas.
Com mais de três horas de duração, o filme apresenta todos esses momentos da vida do jornalista. Para interpretar o personagem principal, Warren Beatty (também diretor e roteirista do Reds) estudou a fundo o biografado e, durante as gravações na Rússia, colheu uma série de depoimentos de pessoas que tiveram contato com Reed, além de amigos de infância e colegas de profissão. Tais comentários foram incluídos ao longo do filme e permitem entender melhor a Revolução Russa.
A película não se prende ao panorama histórico e acompanha com rigor o relacionamento entre Reed e a escritora feminista Louise Bryant (1885-1936), o grande amor de sua vida, interpretada por Diane Keaton. Com 12 indicações ao Oscar em 1982, foi premiado em três categoriais: diretor, atriz coadjuvante (Maureen Stapleton) e fotografia (Vittorio Storaro).
A revolução e os personagens de Reds
Reed vivenciou um período da história contemporânea de grandes transformações sociais e políticas em todo o mundo. Absorveu conceitos e estratégias daquela nova forma de política, baseada no notório Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, que afrontava diretamente o capitalismo reinante. Com apenas 28 anos, ficou famoso pelos discursos inflamados e influenciou futuras gerações de ativistas.
Com mais de três horas de duração, o filme apresenta todos esses momentos da vida do jornalista. Para interpretar o personagem principal, Warren Beatty (também diretor e roteirista do Reds) estudou a fundo o biografado e, durante as gravações na Rússia, colheu uma série de depoimentos de pessoas que tiveram contato com Reed, além de amigos de infância e colegas de profissão. Tais comentários foram incluídos ao longo do filme e permitem entender melhor a Revolução Russa.
A película não se prende ao panorama histórico e acompanha com rigor o relacionamento entre Reed e a escritora feminista Louise Bryant (1885-1936), o grande amor de sua vida, interpretada por Diane Keaton. Com 12 indicações ao Oscar em 1982, foi premiado em três categoriais: diretor, atriz coadjuvante (Maureen Stapleton) e fotografia (Vittorio Storaro).
A revolução e os personagens de Reds

Em Reds, a revolução em si aparece na metade do filme, quando Reed escreve os primeiros capítulos do seu famoso livro "Dez Dias que Abalaram o Mundo", que aborda todo o processo. Paralelamente à explosão do movimento, o jornalista descobre a traição de Louise, que mantinha um caso com o dramaturgo anarquista Eugene O’Neill (interpretado de forma marcante por Jack Nicholson). Nesse momento, resolve isolar-se na Rússia e volta a ter contatos frequentes e sigilosos com a velha amiga Emma Goldman (papel de Maureen Stapleton), que teve grande influência no desenvolvimento do Anarquismo na América do Norte.
A luta de Reed terminou em 1920, quando morreu de tifo em um hospital de Moscou. Ele foi o único norte-americano a ser enterrado com honras de herói na Rússia, próximo ao Palácio do Kremlin, na Praça Vermelha.
Ficha técnica
Título original e em português: Reds
País/Ano: Estados Unidos, 1981
Gênero: Drama
Duração: 195 minutos
Direção: Warren Beatty
Distribuição em DVD no Brasil: Paramount Pictures
* Publicado na coluna "Cine na Intra", no site do Senac São Paulo (www.sp.senac.br), em 25 de março de 2011
Um comentário:
Grande filme, Felipe. Revi um dia desses e fiquei vivamente encantado.
Apareça!
O Falcão Maltês
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