A suprema felicidade
O pequeno Paulo (Caio Manhente) sonha grande como toda criança. Vive no Rio de Janeiro, é filho de um militar, e de repente estoura a Segunda Guerra Mundial. Dos oito aos 18 anos, irá aproximar-se de novos amigos e conhecer o amor e o sexo, sempre influenciado pelos ensinamentos do avô Noel (Marco Nanini).
Havia grande expectativa no retorno de Arnaldo Jabor ao cinema, pela originalidade dos filmes que rodou durante o fim do Cinema Novo e o destaque na Pornochanchada. Estava longe das câmeras desde 1986, quando fez o bom (e famoso) drama “Eu sei que vou te amar”. Vinte e cinco anos se passaram e eis um Jabor sem vitalidade, com brilho apagado, e porque não dizer com falta de empenho.
O filme não é de todo ruim, mas poderia ter sido rodado por qualquer um. A história, agradável, com momentos ternos outros engraçadinhos, é um olhar sobre a infância e a adolescência de um garoto carioca durante os anos 40 e 50, em época de guerra. Parece recorte de um período que tenta refletir uma geração do pós-guerra, universalizando o tema, mas tudo de forma menor, sem vigor ou grandes emoções.
O que me incomoda é a teatralidade dos atores em cena misturado com a falta de timing. Culpa que se atribui ao diretor. Soa fake para cinema, castigado por um elenco mal aproveitado e que não está em seus melhores dias. Marco Nanini é o único que segura as pontas nos poucos momentos que aparece. Dan Stulbach está exagerado como o pai militar, Elke Maravilha envelhecida, sem destaque algum, e rápidas aparições de Ary Fontoura, Jorge Loredo (o Zé Bonitinho), João Miguel (papel cômico como um pipoqueiro piadista), além de Maria Flor.
Jabor já foi melhor com “Toda nudez será castigada”, “Eu te amo”, “Tudo bem” e “Opinião pública”. Esse, junto com “Pindorama”, são seus filmes menores e descartáveis.
Em suma, um drama ingênuo, desconcertado, teatral demais. Por Felipe Brida
A suprema felicidade (Idem). Brasil, 2010, 125 min. Drama. Dirigido por Arnaldo Jabor. Distribuição: Paramount Pictures
O pequeno Paulo (Caio Manhente) sonha grande como toda criança. Vive no Rio de Janeiro, é filho de um militar, e de repente estoura a Segunda Guerra Mundial. Dos oito aos 18 anos, irá aproximar-se de novos amigos e conhecer o amor e o sexo, sempre influenciado pelos ensinamentos do avô Noel (Marco Nanini).
Havia grande expectativa no retorno de Arnaldo Jabor ao cinema, pela originalidade dos filmes que rodou durante o fim do Cinema Novo e o destaque na Pornochanchada. Estava longe das câmeras desde 1986, quando fez o bom (e famoso) drama “Eu sei que vou te amar”. Vinte e cinco anos se passaram e eis um Jabor sem vitalidade, com brilho apagado, e porque não dizer com falta de empenho.
O filme não é de todo ruim, mas poderia ter sido rodado por qualquer um. A história, agradável, com momentos ternos outros engraçadinhos, é um olhar sobre a infância e a adolescência de um garoto carioca durante os anos 40 e 50, em época de guerra. Parece recorte de um período que tenta refletir uma geração do pós-guerra, universalizando o tema, mas tudo de forma menor, sem vigor ou grandes emoções.
O que me incomoda é a teatralidade dos atores em cena misturado com a falta de timing. Culpa que se atribui ao diretor. Soa fake para cinema, castigado por um elenco mal aproveitado e que não está em seus melhores dias. Marco Nanini é o único que segura as pontas nos poucos momentos que aparece. Dan Stulbach está exagerado como o pai militar, Elke Maravilha envelhecida, sem destaque algum, e rápidas aparições de Ary Fontoura, Jorge Loredo (o Zé Bonitinho), João Miguel (papel cômico como um pipoqueiro piadista), além de Maria Flor.
Jabor já foi melhor com “Toda nudez será castigada”, “Eu te amo”, “Tudo bem” e “Opinião pública”. Esse, junto com “Pindorama”, são seus filmes menores e descartáveis.
Em suma, um drama ingênuo, desconcertado, teatral demais. Por Felipe Brida
A suprema felicidade (Idem). Brasil, 2010, 125 min. Drama. Dirigido por Arnaldo Jabor. Distribuição: Paramount Pictures
Um comentário:
Não achei tão ruim assim. Tem uma inocência nostálgica interessante.
E não entendi o "destaque na pornochanchada". Que pornochanchada ele fez? O cara é um intelectual.
O Falcão Maltês
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