quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Morre o lendário diretor italiano Mario Monicelli

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O diretor e roteirista italiano Mario Monicelli cometeu suicídio ontem, em Roma. Ele tinha 95 anos e jogou-se do prédio do hospital San Giovanni, onde estava internado para tratar de um câncer terminal.
Nascido em 15 de maio de 1915 em Viareggio, Lucca (Toscana), foi um dos nomes mais notórios do cinema italiano, ao lado de Luchino Visconti, Vittorio De Sica e Roberto Rosselini.
Recentemente completou sete décadas de carreira, sendo um dos cineastas mais antigos ainda em atividade.
Monicelli dirigiu cerca de 60 filmes, dentre eles os clássicos “Os eternos desconhecidos” (1958), “O incrível exército de Brancaleone” (1966) e a continuação, “Brancaleone nas Cruzadas” (1970), “Meus caros amigos” (1975) e a segunda parte da trilogia, “Quinteto irreverente” (1982), “As duas vidas de Mattia Pascal” (1985) e “Parente é serpente” (1992).
Indicado a dois Oscars como roteirista – por “Os companheiros” (1963) e “Casanova 70” (1965), ganhou o Leão de Ouro em Veneza pelo filme “A grande guerra” (1959) e um especial pela carreira, em 1991. Recebeu ainda três prêmios no Festival de Berlim como melhor diretor – “Pais e filhos” (1956), “Carol Michele” (1976) e “Il marchise Del Grillo” (1982). Três outros também foram indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro – “A grande guerra” (1959), “Os companheiros” e “A garota com a pistola” (1968).
Sua filmografia inclui ainda “Totò e as mulheres” (1952 – um das tantas parcerias que fez com o falecido cineasta Steno), “O médico e o charlatão” (1957) e “Caros F. amigos” (1992). Seu último trabalho como diretor foi em “Le rose Del deserto” (2006), além de dois curtas-metragens inéditos, rodados entre 2009 e 2010.
Como ator fez uma pequena participação (simbólica e bastante memorável) no filme “Sob o sol de Toscana” (2003).
Monicelli deixa três filhos. Por Felipe Brida

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