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A árvore dos tamancos
Em um pequeno vilarejo nos campos italianos de Bérgamo, o dia-a-dia de várias famílias de origem humilde se entrelaçam, cuja rotina é marcada pela união entre pais e filhos, pelo trabalho conjunto, pelo sentimento de altruísmo e pelas dificuldades financeiras.
Grande vencedor da Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes em 1978, “A árvore dos tamancos” é um de meus filmes preferidos, e sempre que possível me coloco a revê-lo.
De inspiração neo-realista, assemelha-se a um documentário, reunindo um elenco de pessoas comuns (todos amadores) que não precisam de mise-en-scène para mostrar como realmente são. Rodado em locações, com autênticas paisagens dos campos de Bérgamo, comuna italiana da região da Lombardia, norte da Itália, o filme é uma das obras-primas do cinema, visualmente bonito, bastante sutil, real e humano.
O diretor Ermano Olmi (que completou 79 anos no mês passado) é um exímio investigador de ritos familiares; na década de 50, iniciou-se no cinema como realizador de documentários. Por isso “A árvore dos tamancos” é um trabalho puramente artesanal, muito próximo à realidade, que acompanha a vida de várias famílias da zona rural de Bérgamo, compostas por numerosos filhos, que tem no dia-a-dia seus afazeres comuns, como limpar a casa, matar porcos, tirar leite da vaca, arrumar a mesa para o jantar e participar de festas religiosas.
Nessa fita é possível conhecer mais sobre a cultura popular italiana, que muito lembra a dos brasileiros, em especial a do interior do estado de São Paulo (fazendinhas, criação de gado, festas folclóricas etc). Vale destacar algumas passagens marcantes do filme, como o abate do porco, a chegada do vendedor de roupas que cantarola músicas regionais, o sacrifício da vaca doente, os jovens subindo no pau de sebo, o torneio de quem come mais ovos cozidos e a briga do idoso com o cavalo “ladrão”.
Um pouco longo e de narrativa tácita, com pouca trilha sonora, o drama tem quase três horas de duração, e chega em DVD no Brasil em uma primorosa edição restaurada, distribuído pela Versátil.
Um trabalho ímpar, nunca superado, que agora pode ser conferido em uma cópia magistral. Confira. Por Felipe Brida
Em um pequeno vilarejo nos campos italianos de Bérgamo, o dia-a-dia de várias famílias de origem humilde se entrelaçam, cuja rotina é marcada pela união entre pais e filhos, pelo trabalho conjunto, pelo sentimento de altruísmo e pelas dificuldades financeiras.
Grande vencedor da Palma de Ouro de melhor filme no Festival de Cannes em 1978, “A árvore dos tamancos” é um de meus filmes preferidos, e sempre que possível me coloco a revê-lo.
De inspiração neo-realista, assemelha-se a um documentário, reunindo um elenco de pessoas comuns (todos amadores) que não precisam de mise-en-scène para mostrar como realmente são. Rodado em locações, com autênticas paisagens dos campos de Bérgamo, comuna italiana da região da Lombardia, norte da Itália, o filme é uma das obras-primas do cinema, visualmente bonito, bastante sutil, real e humano.
O diretor Ermano Olmi (que completou 79 anos no mês passado) é um exímio investigador de ritos familiares; na década de 50, iniciou-se no cinema como realizador de documentários. Por isso “A árvore dos tamancos” é um trabalho puramente artesanal, muito próximo à realidade, que acompanha a vida de várias famílias da zona rural de Bérgamo, compostas por numerosos filhos, que tem no dia-a-dia seus afazeres comuns, como limpar a casa, matar porcos, tirar leite da vaca, arrumar a mesa para o jantar e participar de festas religiosas.
Nessa fita é possível conhecer mais sobre a cultura popular italiana, que muito lembra a dos brasileiros, em especial a do interior do estado de São Paulo (fazendinhas, criação de gado, festas folclóricas etc). Vale destacar algumas passagens marcantes do filme, como o abate do porco, a chegada do vendedor de roupas que cantarola músicas regionais, o sacrifício da vaca doente, os jovens subindo no pau de sebo, o torneio de quem come mais ovos cozidos e a briga do idoso com o cavalo “ladrão”.
Um pouco longo e de narrativa tácita, com pouca trilha sonora, o drama tem quase três horas de duração, e chega em DVD no Brasil em uma primorosa edição restaurada, distribuído pela Versátil.
Um trabalho ímpar, nunca superado, que agora pode ser conferido em uma cópia magistral. Confira. Por Felipe Brida
Título original: L’albero di zicoli
País/Ano: Itália, 1978
Elenco: Comunidade de Bérgamo (Itália)
Direção: Ermano Olmi
Gênero: Drama
Duração: 178 min
Distribuição: Versátil
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