O lobisomem
O ator Lawrence Talbot (Benicio Del Toro) retorna à Inglaterra em busca do irmão desaparecido. Na viagem a caminho de sua cidade natal, é mordido por um ser monstruoso. Pouco a pouco o corpo de Talbot começa a dar vida a uma criatura metade homem metade lobo.
Nova adaptação homônima do clássico filme de terror de 1941, escrito originalmente para o cinema pelo falecido roteirista Curt Siodmak. A produção dessa eficiente aventura com toques de horror optou por manter a caracterização do monstro antigo, que para muitos soa como brega e fake, lembrando inclusive a Fera de “A bela e a fera”. Na verdade é um lobisomem aristocrata, de terno, com uma maquiagem duvidosa que logo remete aos antigos lobisomens da Universal dos anos 40.
O roteiro pouco traz de original em relação ao de 1941, cuja história sofre pequenas, mas curiosas variações, como a disputa ferrenha entre as duas gerações de homens-lobos. Sabemos bastante desse velho personagem de nosso imaginário, não é mesmo? Talbot é mordido, vira lobisomem e deixa pelas ruas um rastro de sangue, colocando pânico em toda uma cidade.
Quanto ao visual, este é um tanto quanto escuro, de uma Inglaterra Vitoriana de pós-Revolução Industrial, suja, feia, aliado a efeitos digitais nada surpreendentes, porém na dose certa para entreter. Volto a dar a dica, o filme é um bom passatempo, mesmo sem grandes novidades.
Meu maior problema é com Benicio Del Toro na pele do monstro. Com aquele rosto tipicamente latino (o ator nasceu em Porto Rico), não carrega o perfil ideal para compor o personagem. Soa como um híbrido da elegância inglesa com uma interferência de merengue da America Central. Além do mais, Del Toro tem uma fisionomia pesada, com olhar raso, sempre desconfiando de algo. Faltou outro ator no lugar dele. O elenco traz ainda Hugo Weaving, como o caçador de lobisomem, e Anthony Hopkins, na pele do pai de Talbot.
Especialista em efeitos visuais, o diretor Joe Johnston é um bom realizador, tem na mochila filmes como “Querida, encolhi as crianças”, “Jumanji” e “Jurassic park III”, e ganhou o Oscar de efeitos especiais por “Os caçadores da arca perdida”.
No Brasil sai em DVD a versão do diretor, uncut/unrated, ou seja, sem cortes e mais violenta, com 15 minutos a mais que a exibida nos cinemas – a distribuidora omite a informação e não estampa isto na capa. Já disponível nas locadoras. Por Felipe Brida
Título original: The wolfman
O ator Lawrence Talbot (Benicio Del Toro) retorna à Inglaterra em busca do irmão desaparecido. Na viagem a caminho de sua cidade natal, é mordido por um ser monstruoso. Pouco a pouco o corpo de Talbot começa a dar vida a uma criatura metade homem metade lobo.
Nova adaptação homônima do clássico filme de terror de 1941, escrito originalmente para o cinema pelo falecido roteirista Curt Siodmak. A produção dessa eficiente aventura com toques de horror optou por manter a caracterização do monstro antigo, que para muitos soa como brega e fake, lembrando inclusive a Fera de “A bela e a fera”. Na verdade é um lobisomem aristocrata, de terno, com uma maquiagem duvidosa que logo remete aos antigos lobisomens da Universal dos anos 40.
O roteiro pouco traz de original em relação ao de 1941, cuja história sofre pequenas, mas curiosas variações, como a disputa ferrenha entre as duas gerações de homens-lobos. Sabemos bastante desse velho personagem de nosso imaginário, não é mesmo? Talbot é mordido, vira lobisomem e deixa pelas ruas um rastro de sangue, colocando pânico em toda uma cidade.
Quanto ao visual, este é um tanto quanto escuro, de uma Inglaterra Vitoriana de pós-Revolução Industrial, suja, feia, aliado a efeitos digitais nada surpreendentes, porém na dose certa para entreter. Volto a dar a dica, o filme é um bom passatempo, mesmo sem grandes novidades.
Meu maior problema é com Benicio Del Toro na pele do monstro. Com aquele rosto tipicamente latino (o ator nasceu em Porto Rico), não carrega o perfil ideal para compor o personagem. Soa como um híbrido da elegância inglesa com uma interferência de merengue da America Central. Além do mais, Del Toro tem uma fisionomia pesada, com olhar raso, sempre desconfiando de algo. Faltou outro ator no lugar dele. O elenco traz ainda Hugo Weaving, como o caçador de lobisomem, e Anthony Hopkins, na pele do pai de Talbot.
Especialista em efeitos visuais, o diretor Joe Johnston é um bom realizador, tem na mochila filmes como “Querida, encolhi as crianças”, “Jumanji” e “Jurassic park III”, e ganhou o Oscar de efeitos especiais por “Os caçadores da arca perdida”.
No Brasil sai em DVD a versão do diretor, uncut/unrated, ou seja, sem cortes e mais violenta, com 15 minutos a mais que a exibida nos cinemas – a distribuidora omite a informação e não estampa isto na capa. Já disponível nas locadoras. Por Felipe Brida
Título original: The wolfman
País/Ano: EUA, 2010
Elenco: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt, Hugo Weaving, Cristina Contes, Art Malik, Geraldine Chaplin, Rick Baker
Direção: Joe Johnston
Gênero: Terror
Duração: 119 min
Distribuição: Universal Pictures
Site oficial: http://www.thewolfmanmovie.com/
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