Novidades no Prime Video
Y2K – O bug do
milênio
Na virada do ano de 1999
para 2000, um grupo de amigos adolescentes se reúne na casa de um deles para
uma balada. Eles temem o ‘Bug do milênio’, que, segundo notícias por aí,
causaria uma pane mundial no sistema informacional. Quase perto da madrugada, um
estranho acontecimento faz com que produtos eletrônicos e robôs tenham vida,
passando a atacar um a um naquela festa.
Divertido filme terrir
scifi, na verdade uma brincadeira em torno do ‘Bug do milênio’, uma sensação
estranha que rondou o mundo na virada do ano de 1999 para 2000, influenciado
por superstição e fake News da época - havia um grande temor na virada daquele
ano de que poderia ocorreu uma pane mundial no sistema de informação e
computação, que causaria apagões e desordem global. Em cima dessa ideia, o
filme se faz – aqui, um grupo de amigos adolescentes se prepara para o Ano
Novo. Eles vão para uma festinha agitada na casa de um deles. Há ali duas
dezenas de pessoas, amigos que zoam, brincam e dançam. Eles estão preocupados
com o tal bug. Até que um rápido piscar de luzes faz com que os eletrônicos da
casa adquiram vida própria; computadores se movem, um liquidificador sai voando
e ataca os jovens, robôs e carrinhos movidos a pilha são possuídos, matando um
a um. O lugar se torna um palco de mortes sanguinárias, e quatro deles
conseguem escapar para uma floresta ao lado. A cidade está sob apagão, tudo
escuro. Atrás deles aparece um robozão feito de carcaças de computador,
ferro-velho e uma parte com eletrônicos em pleno funcionamento, que os persegue
em todo canto. Um filme teen engraçado e ao mesmo tempo sanguinário, que
provoca nostalgia ao lembrar as tecnologias daquele período, como mídias
portáteis, CDs e CPUs. O ‘Y2K’ significa ‘Year 2000’ (Ano 2000), um dos
apelidos do ‘Bug do milênio’. A indicada ao Globo de Ouro Rachel Zegler, de ‘Branca
de Neve’ (2025), e os atores de rosto conhecido do público Jaeden Martell e Julian
Dennison estão no elenco central. Exibido no festival SXSW, a produção
independente passou nos cinemas americanos no ano passado e aqui no Brasil chegou
esse mês no Prime Video. Da distribuidora A24, que lança bons filmes
independentes.
Y2K – O bug do
milênio (Y2K). EUA/Nova
Zelândia, 2025, 91 minutos. Comédia/Terror. Colorido. Dirigido por Kyle Mooney.
Distribuição: Universal Pictures/ Prime Video (no streaming)
Ennio, o maestro
Documentário sobre a
carreira do lendário maestro italiano e compositor de trilhas sonoras de cinema
Ennio Morricone.
Grandioso documentário
musical sobre o compositor de trilhas sonoras de cinema Ennio Morricone (1928-2020),
uma coprodução Itália, Bélgica, Países Baixos e Japão, de 156 minutos, disponível
no Prime Video. O diretor italiano Giuseppe Tornatore, que trabalhou com
Morricone em ‘Cinema Paradiso’ (1988), realiza uma obra única, uma homenagem a
um dos maiores nomes da música de cinema. Também maestro e arranjador, Morricone
escrevia músicas como poesia, com facilidade para as partituras e melodias. Há
um vasto material de arquivo, com entrevistas antigas e recentes de Morricone,
parte delas exclusivas para o documentário que não viu sair – ele faleceu em
2020, e um ano depois o filme seria lançado no Festival de Veneza. Dão
depoimentos especiais para o filme compositores de cinema como Nicola Piovani,
John Williams e Hans Zimmer, diretores com quem trabalhou, como Giuliano
Montaldo, Lina Wertmüller, Roland Joffé, Bernardo Bertollucci, Roberto Faenza, Dario
Argento, os irmãos Taviani e Quentin Tarantino, e cineastas admiradores, como Wong
Kar-Wai e Clint Eastwood. Com cenas de seus filmes, Morricone fala sobre o
processo de criação das músicas a partir de storyboards, como pensa e escreve
as trilhas, a dedicação intensa – ele chegou a compor, pasmem, trilhas para 18
filmes diferentes em apenas um ano! A primeira parte do doc traz um lado menos
conhecido dele, quando regia músicas italianas populares nos anos 60, para
cantores como Paul Anka, Edoardo Vianello, Miranda Martino e Jimmy Fontana. Na
segunda parte, o foco é o cinema. O filme é uma aula de música, com o
compositor contando passo a passo para a produção de dezenas de músicas de
longas-metragens, da Trilogia dos Dólares, passando pelo cinema político
italiano dos anos 70 até chegar aos últimos trabalhos na metade dos anos 2010.
Segundo o IMDB, 548 composições são atribuídas a Morricone, para filmes e
séries. Imortalizou trilhas que não ficaram só no cinema, caindo no gosto
popular e até hoje tocadas por aí, como ‘Era uma vez no Oeste’ (1968), ‘Era uma
vez na América’ (1984), ‘A missão’ (1986) e ‘O intocáveis’ (1987). O doc ganhou
três prêmios David di Donatello, o Oscar italiano, nas categorias edição,
documentário e som. Assistam.
Ennio, o maestro (Ennio). Itália/Bélgica/Países Baixos/Japão,
2021, 156 minutos. Documentário. Colorido/Preto-e-branco. Dirigido por Giuseppe
Tornatore. Distribuição: Prime Video (no streaming)
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