O Rei Leão
Na savana africana, o
leãozinho Simba (voz de Donald Glover) herdará o trono do pai, o Rei Mufasa
(voz de James Earl Jones). Eles vivem juntos de maneira harmônica e todos seus
passos são observados pelo misterioso Scar (voz de Chiwetel Ejiofor), tio de
Simba e ex-herdeiro daquelas terras. O leãozinho perde o pai numa armadilha e é
expulso para bem longe. Ele cresce e volta para casa reivindicar o trono, agora
ocupado pelo maquiavélico Scar.
Cinema também é
releitura, recuperação de obras, é criar novos produtos culturais a partir de
existentes. E desde 2010 a Disney investe em live-action de seus desenhos antigos;
uns deram certo, outros foram fiasco de público. Ela começou com o irregular
“Alice no País das Maravilhas” (2010), depois vieram as boas versões de “A bela
e a fera” (2017) e “Aladdin” (2019), derrapou com o insosso “Dumbo” (2019) e
com os fraquíssimos e desajeitados “A dama e o vagabundo” (2019) e “Mulan” (2020)
– nesse meio tempo tivemos os regulares spin-off de “A bela adormecida”,
trazendo “Malévola” para o protagonismo. A lista inclui o bom “O Rei Leão”
(2019), que foi uma das maiores bilheterias mundiais dos últimos anos, arrecadando
a impressionante quantia de U$ 1,6 bilhão ao redor do mundo (o custo para
produzi-lo foi elevado, cerca de U$ 260 milhões, mas vê-se o investimento, já
que o filme tem efeitos visuais de cair o queixo).
O live-action “O Rei
Leão” segue a cartilha e o roteiro da animação homônima de 1994, com
praticamente as mesmas músicas (“Circle of life”, “Hakuna Matata” etc), as
sequências mais lembradas e o desenrolar da trama shakespeariana, inspirada em
“Hamlet”. Tem uma produção impecável quanto à parte técnica: fotografia e
design de produção notas 10, e a forma de concepção do desenho em computação
gráfica é realmente belíssima. Mas não espere algo muito diferente: é rever o
filme de 1994, porém em outro estilo. É nostálgico e emocionante, e os efeitos
visuais realçam os detalhes das expressões dos animais em cena. Tanto que
recebeu indicação (merecida) ao Oscar e ao Bafta de melhores efeitos, e ao
Globo de Ouro de melhor animação e canção (a inédita “Spirit”, da Beyoncé).
Divirta-se com Simba, Nala, Timão e Pumba, numa obra sobre a busca pelo
autoconhecimento frente às adversidades da vida.
O elenco que empresta
suas vozes merece atenção: Donald Glover, Beyoncé, Seth Rogen, James Earl Jones
(que repete a voz de Mufasa, ele havia feito o filme de 1994), Alfre Woodard e Chiwetel
Ejiofor. E vale uma menção especial ao diretor, que é também ator, Jon Favreau,
que já adaptou muitas histórias de aventura e de super-herói para o cinema,
como “Zathura: Uma aventura espacial”, “Homem de ferro 1 e 2”, “Cowboys &
Aliens” e “Mogli: O menino lobo”. Disponível em DVD, bluray e no Disney+.
O Rei Leão (The Lion King). EUA/Reino
Unido/África do Sul, 2019, 118 minutos. Animação/Aventura. Colorido. Dirigido
por Jon Favreau. Distribuição: Disney
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