"Lá fora, no jardim, era a hora do recreio. Nus, sob o suave calor do sol de junho, seiscentos ou setecentos meninos e meninas corriam sobre a grama, soltando gritos agudos, ou jogavam bola, ou se acocoravam silenciosamente em grupos de dois ou três entre os arbustos em flor. As rosas desabrochavam, dois rouxinóis cantavam seu solilóquio nas ramagens, um cuco emitia gritos dissonantes entre as tílias".
Trecho do controverso romance futurista "Admirável mundo novo" (1932), um clássico da literatura contemporânea, escrito pelo inglês Aldous Huxley. O livro acaba de ser relançado no Brasil pela editora Biblioteca Azul, selo da editora Globo (2021, 308 páginas, tradução de Vidal de Oliveira).
Num futuro distante, o planeta Terra está dividido em regiões administrativas, e a população é formada por castas sociais. Os dois bilhões de habitantes foram manipulados por engenharia genética para que fosse possível viver em plena harmonia. São controlados por um regime totalitário, e nesse sistema o amor é proibido enquanto o sexo é estimulado.
O perturbador romance tece críticas ferozes aos regimes totalitários, à cultura de massa e ao "american way of life", e trata de temas fundamentais para a discussão atual, como mundialismo, reengenharia, controle genético e adestramento comportamental.
O livro ganhou adaptações para a TV: virou um telefilme de 1980, com Bud Cort, e outro telefilme em 1998, com Peter Gallagher, e recentemente a minissérie homônima produzida pela Peacock/NBCUniversal, de 2020, com Alden Ehrenreich. Leia e assista às versões!
quarta-feira, 7 de julho de 2021
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