Silkwood: O retrato de uma coragem
Funcionária
de uma indústria nuclear, Karen Silkwood (Meryl Streep) denuncia a empresa por
irregularidades, tornando-se uma voz do ativismo em prol aos trabalhadores americanos
nos anos 70.
Baseado
em incríveis fatos verídicos, o fortíssimo filme-denúncia é a cinebiografia da
ativista americana Karen Silkwood (1946-1974), que lutou por melhores condições
de trabalho para funcionários de usinas radioativas, e morreu num suspeito acidente
de carro. Meryl Streep, indicada ao Oscar pelo papel de Karen, dá vida, com
brilhantismo, à luta dessa mulher contra a indústria nuclear no interior dos
Estados Unidos, que resultou num longo embate com homens poderosos que tentaram,
de diversas formas, silenciá-la. Corajosa, ela formou um sindicato ativo,
mobilizou a classe e colaborou para o futuro bem estar e segurança dos
trabalhadores. A empresa em questão era a fábrica de plutônio Kerr-McGee, em
Oklahoma, que ainda existe, mas atua no ramo de petróleo.
Paralelamente
ao ativismo, o filme relata os dramas pessoais de Karen, a exemplo o convívio
de altos e baixos na mesma casa com a colega de trabalho lésbica (Cher). Os
diálogos entre elas são arrebatadores - o roteiro foi escrito por duas
premiadas roteiristas já falecidas, Nora Ehpron (das comédias românticas “Harry
e Sally: Feitos um para o outro” e “Sintonia de amor”, pelas quais recebeu
indicação ao Oscar) e Alice Arlen (de “A baía do ódio”).
Direção
de Mike Nichols, um dos diretores americanos mais influentes dos anos 60, 70 e
80, de obras-primas como “Quem tem medo de Virginia Woolf?” (1966) e “A
primeira noite de um homem” (1967), em seu primeiro trabalho com Meryl - depois
vieram dois filmes com ela, “A difícil arte de amar” (1986) e “Lembranças de
Hollywood” (1990). Nichols reuniu um elenco formidável de coadjuvantes, tem
Kurt Russell, Craig T. Nelson, Diana Scarwid, Fred Ward, Ron Silver, Josef
Sommer, Bruce McGill e David Strathairn.
Nenhum comentário:
Postar um comentário