sábado, 29 de agosto de 2020

Cine Especial



Riocorrente

Um jornalista (Roberto Audio), um ex-ladrão de carros (Lee Taylor) e uma mulher misteriosa (Simone Iliescu) se envolvem em um triângulo amoroso com duras consequências na metrópole de São Paulo.

Original, explosivo e dinâmico, esse filme brasileiro pouco conhecido do grande público é um dos melhores trabalhos do diretor e roteirista Paulo Sacramento, responsável pelo ótimo documentário “O prisioneiro da grade de ferro” (2003) – Sacramento assina ainda como produtor e editor do longa. Condensou em poucos minutos (78, para ser preciso) a vida moderna numa São Paulo controversa, que vai das belezas dos arranha-céus ao caos social, permeada por conflitos amorosos e a criminalidade. Tem um elenco de nomes do cinema independente, a destacar Lee Taylor (uma verdadeira revelação do cinema e da TV brasileira), assim como Simone Iliescu e Roberto Audio (você que é fã da banda Mutantes, repare na arrebatadora participação de Arnaldo Baptista, tocando piano). Como fã do cinema feito em nosso país, recomendo essa produção que passou imperceptível nos cinemas – “Riocorrente” (o título é assim mesmo, grafado junto) recebeu indicação a prêmios em festivais como Bogotá e Rotterdam, ganhou o troféu APCA, o prêmio Abbracine na Mostra Internacional de Cinema de SP, e dois técnicos no Festival de Brasília (melhor fotografia e montagem). Em DVD pela California Filmes.


Riocorrente (Idem). Brasil, 2013, 78 minutos. Drama/Ação. Colorido. Dirigido por Paulo Sacramento. Distribuição: California Filmes

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