Juanita
Mulher
de meia-idade e descontente com a vida, Juanita (Alfre Woodward) abandona tudo
e parte para uma viagem sem rumo pelos Estados Unidos atrás de novos ares.
Uma
graça esse filme original da Netflix com a grande atriz já indicada ao Oscar Alfre
Woodward. Aos 67 anos, ela interpreta um papel entusiasmado, de uma mulher de
meia-idade cansada da monotonia, do estresse da vida com os filhos que a
exploram, e resolve abandonar tudo e colocar o pé na estrada. Seu sonho é ter
uma vida mais justa, mais feliz, e quem sabe encontrar um namorado que a ame e
seja fiel. Ela viaja até o outro lado do país, onde inicia um relacionamento com
um cozinheiro indígena entregue à bebida, algo que fará sentido para ela pelo
menos naquele instante. Haverá momentos engraçados, como seus sonhos eróticos
com o ator Blair Underwood – ele aparece como ele mesmo, outros dramáticos, sempre
com foco nessa mulher em busca de um novo rumo. Nunca é tarde para mudar!
A criativa
edição traz cortes originais, dentro de um roteiro bem escrito e de alma feminina,
baseado no romance de Sheila Williams, “Dancing on the edge of the roof”.
O
filme tem talento, é curtinho, e acima de tudo faz uma reflexão sobre a mulher
negra e de meia idade na sociedade atual. Vale ver!
Juanita (Idem). EUA, 2019, 90 min. Comédia
dramática. Colorido. Dirigido por Clark Johnson. Distribuição: Netflix
O
livro do amor
O
arquiteto Henry Herschel (Jason Sudeikis) perde a esposa (Jessica Biel) num trágico
acidente de carro. Abalado, lembra a cada minuto dos momentos bons que usufruiu
ao lado da mulher. Ele precisa continuar em frente, então dá os primeiros
passos para o processo de reconstruir sua vida. Fica amigo de uma adolescente introvertida,
Millie (Maisie Williams), que é sua vizinha, e juntos montam uma jangada para
fazerem uma viagem pelo oceano Atlântico.
Uma bonita
história de amor em flashbacks, sobre um livro antigo que atravessa o mar e várias
gerações, tornam essa produção original do Netflix um passatempo regular para
fãs do cinema romântico. Fugindo dos filmes debochados de comédia, Jason
Sudeikis entra de corpo e alma num papel dramático, como um arquiteto em luto,
que chora a morte da esposa, vítima de um acidente. Tudo muda quando se
aproxima de uma garota vizinha e bola com ela um plano mirabolante envolvendo uma
jornada pelo mar adentro.
A
ideia é boa, o elenco manda bem, com destaque para Maisie Williams, a Arya Stark
da série ‘Game of thrones”, como a adolescente vizinha do protagonista, que
transformará a vida dele para sempre. Além da ponta de Jessica Biel, surge na
história muita gente que eu não via no cinema há tempos, como Mary Steenburgen,
Paul Reiser e Orlando Jones. Por falar em Jessica Biel, ela produziu o filme, e
o marido, o cantor e ator Justin Timberlake, compôs a trilha sonora em sua homenagem.
Reaparece
aqui a linda canção “The book of love”, de Stephin Merritt, tema do filme
“Dança comigo” (2004), só que numa versão mais moderna.
Está
no catálogo da Netflix desde 2016, e só agora tive a felicidade de descobrir.
O
livro do amor (The
book of love). EUA, 2016, 106 minutos. Romance/Drama. Colorido. Dirigido por
Bill Purple. Distribuição: Netflix
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