terça-feira, 26 de março de 2019

Resenha Especial



Setembro em Shiraz

O casal de origem judia Isaac (Adrien Brody) e Farnez (Salma Hayek) e a família de ambos são detidos durante a Revolução Islâmica no Irã, em 1979. Sob ameaças e vivendo num forte clima de insegurança que assolou o país, enfrentarão uma terrível jornada para escapar das mãos do governo autoritário.

Baseado em fatos reais extraídos do romance da iraniana Dalia Sofer, este drama norte-americano pouquíssimo conhecido do público é um filme tenso sobre o fanatismo religioso islâmico e a perseguição cometida pelo governo iraniano durante a Revolução Xiita entre os anos 70 e 80. As ações envolvem o dia a dia de dois personagens, um casal de judeus bem sucedido que é preso e sofre abusos no horror da revolução. O que era para ser um momento de transição aparentemente benéfica ao país, com a deposição do Xá Mohammad Reza Pahlavi, transformou-se em tempos sinistros, um verdadeiro barril de pólvora, com perseguições políticas e étnicas, violência, mortes, tudo causado pelo extremismo a comando do Aiatolá Khomeini.


Com roteiro ponta firme assinado pela estreante Hanna Weg a partir do romance original de Dalia Sofer, a história começa como um drama envolvente e mergulha num thriller, com amplas reviravoltas, que deixa o público com os nervos à flor da pele.
Rodado na Bulgária, com destaque para o ganhador do Oscar Adrien Brody, uma participação regular de Salma Hayek e aparição da grande atriz iraniana Shohreh Aghdashloo (indicada ao Oscar de coadjuvante pelo excelente “Casa de areia e névoa”, em 2003).
O diretor australiano Wayne Blair, de “Música da alma” (2012), dedicou o filme a todas as famílias que sofreram perseguição. Uma obra para ser descoberta!

Setembro em Shiraz (Septembers of Shiraz). EUA, 2015, 109 min. Drama. Colorido. Dirigido por Wayne Blair. Distribuição: California Filmes

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