sexta-feira, 22 de março de 2019

Resenha Especial


Kick-Ass 2

O herói da vida real Kick-Ass (Aaron Taylor-Johnson) inspirou uma legião de jovens mascarados que hoje atuam de forma independente combatendo o crime em Nova York. Ele, Hit Girl (Chloë Grace Moretz) e outros garotos são convidados pelo Coronel Estrelas e Listras (Jim Carrey) para integrar um grupo secreto cujo objetivo é coibir atos de violência e consequentemente eliminar bandidos. Mas quem está de volta na cena e ainda mais vingativo é Red Mist (Christopher Mintz-Plasse), que sai à caça de Kick-Ass para se vingar da morte do pai, o cruel mafioso Frank D’Amico (Mark Strong).

Divertido, original e mais violento, a continuação de “Kick-Ass: Quebrando tudo” (2010) saiu três anos depois do primeiro conquistando o público jovem americano, mas sem o devido sucesso nas salas de cinema. Os heróis da vida real, liderados por Kick-Ass e Hit Girl, retornam com pique para combater o crime na cidade grande, aliados a um coronel disposto a treiná-los para encarar aventuras mortais.
Começa de onde terminou o primeiro filme, com o violãozinho frangote Red Mist jurando vingança, pois o pai dele havia sido morto por Kick-Ass com um tiro de bazuca. Red Mist virou um cara violento e psicótico, que junta a escória de estranhos criminosos para caçar o grupo dos heróis – tanto mocinhos quanto vilões estão melhor preparados, e travarão uma luta sem igual. É ver para crer!
A franquia de cinema Kick-Ass veio das HQs criadas por Mark Millar em 2008 (com um dos selos da Marvel Comics). Ele é o criador de “Kingsman”, também adaptado para a telona pelo criativo Matthew Vaugh, diretor que rodou o primeiro Kick-Ass e deixou esta segunda parte para o cineasta Jeff Wadlow, apenas assumindo a produção. A franquia trouxe ao cinema um novo tipo de super-herói, antes mesmo de “Deadpool”, com quem tem semelhanças. Subvertendo o tipo clássico de heróis, estes são rapazes e garotas magricelas, sem poderes especiais, corajosos, mas atrapalhados, que apanham muito, sangram e choram. Independente das ameaças, nunca perdem o espírito de liderança e união, para salvar a sociedade dos diversos tipos de crime, desde grandes corporações ligadas a corrupção a assaltantes nas ruas.


Nesta segunda parte focaram a preparação física e psicológica dos mocinhos para combater o mal. Eles treinam duro na academia e também procuram aperfeiçoar a mira com armas e dribles com tacos. Todos são fruto do bullying, foram excluídos por colegas na escola, agora se fortalecem num pequeno grupo secreto visando a paz social. Prepare-se para uma aventura digna, com peripécias e uma explosão de adrenalina! Tão empolgante quanto o original, tem piadas engraçadas, sequências de violência com muito sangue e humor negro. O ponto alto é o retorno do elenco inteiro, jovens vigorosos que já despontaram no cinema atual (Johnson, Chloë, Plasse etc). Olhe que bacana, em um momento do filme toca uma música brasileira, “Minha menina”, de Jorge Ben Jor, cantada em português pela banda inglesa The Bees!
Um dos personagens traduz a essência de Kick-Ass: “Um bando de garotos com nomes fictícios, vestindo fantasias caseiras, pesquisando crimes sem solução na internet. Os heróis das HQs têm bilhões de dólares e esconderijos na lua, mas este aqui é o mundo real”. A frase define tudo! Boa sessão!

Kick-Ass 2 (Idem). EUA/Reino Unido, 2013, 102 min. Ação. Colorido, Dirigido por Jeff Wadlow. Distribuição: Universal Pictures

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