O
xerife texano Rooster Cogburn (John Wayne), velho e beberrão, auxilia a garota
Mattie (Kim Darby) a encontrar os assassinos de seu pai. Para isso, terão de
percorrer longas caminhadas a cavalo pelo Oeste selvagem, dominado pelos índios.
Faroeste
classe A da Paramount, protagonizado pelo lendário ator John Wayne, o velho
cowboy do cinema, ícone dos westerns americanos. Por esse filme ele ganhou o
único Oscar da carreira, em 1970 – ele havia sido indicado duas vezes antes,
por “Iwo Jima – O portal da glória” (1949) e “O álamo” (1960). Na pele de um destemido
xerife que vive alcoolizado e que usa um tapa-olho, Wayne conduz a trama de
vingança no Oeste selvagem. Toma a causa da menina, cujo pai foi assassinado
por pistoleiros, e segue no encalço dos bandidos.
O
personagem Rooster Cogburn ficou célebre pelos detalhes cômicos (beberrão,
falar irritado), carregando o estereótipo dos velhos xerifes (chapéu, jaqueta
surrada, lenço vermelho no pescoço, pistolas nos coldres, tapa-olho e botas com
esporas). Apesar do jeito truculento do grandalhão, no fundo, no fundo, seu
coração é piedoso para com as pessoas de boa índole – já os maus ele manda pra
cova.
Há
uma sequência famosa onde o xerife, montado em seu cavalo, segura as rédeas
pelos dentes, nas mãos segura uma pistola e uma espingarda, e com um olho só
mira um bando de matadores, também a cavalo, e sai atirando para todos os
lados, com sede de vingança.
Violento
(não chega a ser sanguinário como os faroestes de Sam Peckinpah) e ao mesmo
tempo descontraído, o filme tem, como diretor, Henry Hathaway, especialista no
gênero e parceiro de trabalho de John Wayne; juntos fizeram também “A conquista
do Oeste”, “A lenda dos desaparecidos” e “Os filhos de Katie Elder”.
No
elenco há participação de futuros astros, como Robert Duvall e Dennis Hopper,
além de rostos conhecidos do faroeste, como Strother Martin e Jeff Corey.
“Bravura indômita” foi indicado também ao Oscar de melhor canção, “True grit”.
Curiosidade:
Seis anos depois de “Bravura indômita”, em 1975, houve uma continuação menor,
mas bem produzida e movimentada, intitulada “Justiceiro implacável”, novamente
com John Wayne, fazendo par com Katharine Hepburn. Em 2010, os irmãos Coen
rodaram o remake homônimo, totalmente descartável, sem motivo cabível para
existir, protagonizado por Jeff Bridges – devido a uma alucinação coletiva da
Academia, concorreu a 10 Oscars, incluindo melhor filme, direção, roteiro
adaptado e ator, não vencendo nenhuma categoria. Por Felipe Brida
Ficha técnica
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