Enterrado vivo
Paul Conroy (Ryan Reynolds) é um pacato motorista de caminhão no Iraque. Sem razões aparentes, descobre estar enterrado vivo dentro de um caixão, a sete palmos. Portando apenas um celular e um isqueiro, terá de correr contra o tempo para sair debaixo da terra.
Quando lançado nos cinemas em dezembro passado, o filme causou incômodo generalizado no público. Não é para menos – o próprio título diz tudo. Imagine só acompanhar, por uma hora e meia, um único personagem trancafiado num caixão debaixo da terra, tentando desesperadamente fugir de lá. O oxigênio fica escasso, a aflição toma conta do cidadão, e o telespectador vai junto nesse tormento.
Pois é, “Enterrado vivo” é uma thriller psicológico tenso e claustrofóbico. Antes de continuar, deixo aqui a observação preciosa: quem tem medo de ambiente fechado, nem arrisque assistir. Eu, por exemplo, ficava agoniado a cada minuto.
Ryan Reynolds (que está bem, após sucessivos fracassos no cinema) interpreta o motorista encaixotado, procurando respostas sobre seu “enterro” precipitado e, ao mesmo tempo, tentando se salvar daquele lugar infernal. A única forma de comunicação com o exterior é o celular, que utiliza para contato com algumas pessoas. E depois, para piorar a situação, começa a ser chantageado, via telefone, por um grupo de bandidos. Só com esse rápido resumo se prevê o sufoco da trama, o que poderá ser uma experiência maçante para alguns; o filme inteiro é uma tentativa de escapada, rodado em poucas tomadas (a câmera fica somente dentro do caixão) e um personagem só.
Com lances inusitados, como a do isqueiro na introdução (a tela preta na abertura, por vários minutos, não é defeito de gravação não), a fita tem seus absurdos comuns, por exemplo, o ar que nunca termina, ainda mais quando ele usa o fogo para iluminar o ambiente, e a bateria do celular que jamais descarrega, e tal e tal.
Com certeza é um filme difícil de acompanhar, tortuoso, aflitivo e bem diferente do que vemos por aí (não digo original, pois em 1990 fora lançado “Morto, mas nem tanto”, também intitulado no Brasil como “Sepultado vivo”, cuja ideia era semelhante, a de enterrar o cidadão vivo). Se for arriscar, prepare-se para sofrer junto com o personagem. Por Felipe Brida
Título original: Buried
País/Ano: EUA/Espanha/França, 2010
Elenco: Ryan Reynolds, Samantha Mathis (voz), Robert Paterson (voz), Stephen Tobolowsky (voz)
Direção: Rodrigo CortésPaul Conroy (Ryan Reynolds) é um pacato motorista de caminhão no Iraque. Sem razões aparentes, descobre estar enterrado vivo dentro de um caixão, a sete palmos. Portando apenas um celular e um isqueiro, terá de correr contra o tempo para sair debaixo da terra.
Quando lançado nos cinemas em dezembro passado, o filme causou incômodo generalizado no público. Não é para menos – o próprio título diz tudo. Imagine só acompanhar, por uma hora e meia, um único personagem trancafiado num caixão debaixo da terra, tentando desesperadamente fugir de lá. O oxigênio fica escasso, a aflição toma conta do cidadão, e o telespectador vai junto nesse tormento.
Pois é, “Enterrado vivo” é uma thriller psicológico tenso e claustrofóbico. Antes de continuar, deixo aqui a observação preciosa: quem tem medo de ambiente fechado, nem arrisque assistir. Eu, por exemplo, ficava agoniado a cada minuto.
Ryan Reynolds (que está bem, após sucessivos fracassos no cinema) interpreta o motorista encaixotado, procurando respostas sobre seu “enterro” precipitado e, ao mesmo tempo, tentando se salvar daquele lugar infernal. A única forma de comunicação com o exterior é o celular, que utiliza para contato com algumas pessoas. E depois, para piorar a situação, começa a ser chantageado, via telefone, por um grupo de bandidos. Só com esse rápido resumo se prevê o sufoco da trama, o que poderá ser uma experiência maçante para alguns; o filme inteiro é uma tentativa de escapada, rodado em poucas tomadas (a câmera fica somente dentro do caixão) e um personagem só.
Com lances inusitados, como a do isqueiro na introdução (a tela preta na abertura, por vários minutos, não é defeito de gravação não), a fita tem seus absurdos comuns, por exemplo, o ar que nunca termina, ainda mais quando ele usa o fogo para iluminar o ambiente, e a bateria do celular que jamais descarrega, e tal e tal.
Com certeza é um filme difícil de acompanhar, tortuoso, aflitivo e bem diferente do que vemos por aí (não digo original, pois em 1990 fora lançado “Morto, mas nem tanto”, também intitulado no Brasil como “Sepultado vivo”, cuja ideia era semelhante, a de enterrar o cidadão vivo). Se for arriscar, prepare-se para sofrer junto com o personagem. Por Felipe Brida
Título original: Buried
País/Ano: EUA/Espanha/França, 2010
Elenco: Ryan Reynolds, Samantha Mathis (voz), Robert Paterson (voz), Stephen Tobolowsky (voz)
Gênero: Suspense
Duração: 95 min
Distribuição: Califórnia Filmes
Site oficial: http://enterradovivo.com.br/
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