terça-feira, 31 de outubro de 2023

Especial de Cinema


Os bons filmes da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo – parte 6

A 47ª Mostra Intl. de Cinema de SP começou no dia 19/10 e segue até amanhã, dia 01/11, com sessões presenciais em diversas salas de cinema da capital e também em três plataformas online (com sessões gratuitas), que são o Sesc Digital (https://sesc.digital/home), Itaú Cultural Play (https://assista.itauculturalplay.com.br/Home) e SPCine Play (https://www.spcineplay.com.br), com limite de views. Haverá, como de praxe, a repescagem dos filmes mais votados pelo público e pela crítica – nos próximos dias a programação da repescagem será divulgada no site da Mostra, em https://47.mostra.org. Confira drops com rápidos comentários dos bons filmes desse ano da Mostra, que conferi nos últimos dias.

 

She came to me (EUA, 2023, de Rebecca Miller)

 

Novo filme escrito e dirigido por Rebecca Miller, de ‘O mundo de Jack e Rose’. É uma comédia dramática com um trio em papeis formidáveis – Peter Dinklage, Anne Hathaway e Marisa Tomei. Dinklage é um compositor de óperas que não consegue fazer um novo trabalho devido a um bloqueio criativo. A esposa (Anne), que é uma terapeuta, incentiva o marido a buscar novas inspirações. Num dia perambulando por aí, conhece uma operadora de navios cargueiros (Marisa), tem um caso passageiro com ela, e a partir daí as coisas se complicam. Com humor sofisticado, é um conto urbano moderno sobre amor, traição e redescobertas, com algumas atrapalhadas no meio. Um filme rápido, para se divertir e se entregar. Foi o longa de abertura do Festival de Berlim em fevereiro desse ano. Exibição presencial ainda no dia 01/11.

 


 

Croma Kid (República Dominicana, 2023, de Pablo Chea)

 

Fitinha rápida que gostei muito de ver – a exibição presencial terminou, mas está disponível na plataforma do Sesc Digital gratuitamente até dia 01/11. Exibida no Festival de Rotterdam, fala de um garoto nos anos 1990 que ama música. Sua família se prepara para promover um programa de TV, o que o deixa apreensivo. Passeando pelos estúdios de gravação, depara-se com um dispositivo analógico mágico, que mudará seus dias para sempre. Dialogando com o processo de criação na TV e trazendo de volta os vídeos caseiros, o filme é um deleite para quem gosta das metalinguagens audiovisuais. O croma do título tem a ver com o cromakey, que começou a funcionar 30 anos atrás e até hoje é um recurso para a pós-produção de filmes, séries e novelas, em que se insere cenários nas áreas demarcadas de verde. Tentem assistir, é bem legal.

 


 

A bela América (Portugal/Brasil, 2023, de António Ferreira)

 

Um cozinheiro de família humilde tenta conquistar, por meio da comida, América, uma candidata a presidente, famosa por, no passado, ter sido estrela em programas na TV portuguesa. Comédia dramática singela, bonitinha, rodada em Coimbra. É uma produção independente portuguesa com coprodução brasileira, sobre meritocracia e improváveis encontros da vida, escrita e dirigida por um dos nomes mais profícuos do cinema português atual, António Ferreira, de ‘Embargo’ e ‘Pedro e Inês’. Exibição presencial na Mostra ainda no dia 01/11. E o filme já tem estreia marcada nos cinemas brasileiros – será no dia 02/11, nas principais salas do país, com distribuição da Pandora Filmes.

 


 

Dulcineia (Portugal, 2023, de Artur Serra Araújo)

 

Em Lisboa, após uma vida desregrada, um contrabaixista de jazz viaja a Porto para um longo período de descanso. A ideia é se reconectar com a família. Um dia, num concerto, ouve o pianista, que é famoso, tocar uma música que seria sua, ou pelo menos ele acha que é, o que provoca nele uma série de conflitos internos. Baseado no livro ‘O ano sabático’, de João Tordo, o filme tem uma fotografia marcante, e uma história sobre casualidades e déja vu, repleta de significados. Do diretor de ‘A moral conjugal’. A exibição presencial terminou, mas está disponível na plataforma do Sesc Digital gratuitamente até dia 01/11.




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