Os
bons filmes da 47ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo – parte 6
She came to me (EUA, 2023, de Rebecca Miller)
Novo filme escrito e
dirigido por Rebecca Miller, de ‘O mundo de Jack e Rose’. É uma comédia
dramática com um trio em papeis formidáveis – Peter Dinklage, Anne Hathaway e
Marisa Tomei. Dinklage é um compositor de óperas que não consegue fazer um novo
trabalho devido a um bloqueio criativo. A esposa (Anne), que é uma terapeuta,
incentiva o marido a buscar novas inspirações. Num dia perambulando por aí, conhece
uma operadora de navios cargueiros (Marisa), tem um caso passageiro com ela, e
a partir daí as coisas se complicam. Com humor sofisticado, é um conto urbano moderno
sobre amor, traição e redescobertas, com algumas atrapalhadas no meio. Um filme
rápido, para se divertir e se entregar. Foi o longa de abertura do Festival de
Berlim em fevereiro desse ano. Exibição presencial ainda no dia 01/11.
Croma Kid (República Dominicana, 2023, de Pablo
Chea)
Fitinha rápida que gostei
muito de ver – a exibição presencial terminou, mas está disponível na
plataforma do Sesc Digital gratuitamente até dia 01/11. Exibida no Festival de
Rotterdam, fala de um garoto nos anos 1990 que ama música. Sua família se
prepara para promover um programa de TV, o que o deixa apreensivo. Passeando
pelos estúdios de gravação, depara-se com um dispositivo analógico mágico, que
mudará seus dias para sempre. Dialogando com o processo de criação na TV e trazendo
de volta os vídeos caseiros, o filme é um deleite para quem gosta das metalinguagens
audiovisuais. O croma do título tem a ver com o cromakey, que começou a
funcionar 30 anos atrás e até hoje é um recurso para a pós-produção de filmes,
séries e novelas, em que se insere cenários nas áreas demarcadas de verde.
Tentem assistir, é bem legal.
A bela América (Portugal/Brasil, 2023, de António
Ferreira)
Um cozinheiro de família
humilde tenta conquistar, por meio da comida, América, uma candidata a presidente,
famosa por, no passado, ter sido estrela em programas na TV portuguesa. Comédia
dramática singela, bonitinha, rodada em Coimbra. É uma produção independente portuguesa
com coprodução brasileira, sobre meritocracia e improváveis encontros da vida, escrita
e dirigida por um dos nomes mais profícuos do cinema português atual, António
Ferreira, de ‘Embargo’ e ‘Pedro e Inês’. Exibição presencial na Mostra ainda no
dia 01/11. E o filme já tem estreia marcada nos cinemas brasileiros – será no
dia 02/11, nas principais salas do país, com distribuição da Pandora Filmes.
Dulcineia (Portugal, 2023, de Artur Serra Araújo)
Em Lisboa, após uma vida
desregrada, um contrabaixista de jazz viaja a Porto para um longo período de descanso.
A ideia é se reconectar com a família. Um dia, num concerto, ouve o pianista,
que é famoso, tocar uma música que seria sua, ou pelo menos ele acha que é, o
que provoca nele uma série de conflitos internos. Baseado no livro ‘O ano
sabático’, de João Tordo, o filme tem uma fotografia marcante, e uma história sobre
casualidades e déja vu, repleta de significados. Do diretor de ‘A moral
conjugal’. A exibição presencial terminou, mas está disponível na plataforma do
Sesc Digital gratuitamente até dia 01/11.
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