Três aventuras em DVD
da Classicline com efeitos especiais de Ray Harryhausen!
A nova viagem de Simbad
Simbad e o olho do tigre
Jasão e o velo de ouro
A nova viagem de Simbad
Simbad (John Phillip
Law) é o príncipe de Bagdá que encontra um mapa do tesouro que o leva a uma
viagem fantástica para a ilha de Lemuria. Um feiticeiro do mal lança uma
maldição para impedir a missão de Simbad. No caminho o marujo se alia a uma
escrava e a um grão-vizir.
A distribuidora Classicline
relançou esse mês em DVD duas fitas de aventura dos anos de 1970 com Simbad,
lendário marujo e aventureiro de Bagdá cujas origens estão nos contos populares
do antigo Oriente Médio. Nos dois filmes presenciamos Simbad viajar pelos sete
mares e entrar de cabeça em aventuras fantásticas com princesas encantadas,
enfrentando monstros perigosos e até o sobrenatural. Simbad apareceu pela
primeira vez em “As mil e uma noites”, coleção de contos árabes compilados e
traduzidos a partir do século XVIII, e depois ganhou livros próprios e muitos
filmes. Em “A nova viagem de Simbad” (1973), o marujo segue com um mapa do
tesouro à ilha de Lemuria. No caminho enfrenta uma estátua vingativa com vários
braços, um centauro de um olho só e um grifo, criatura mítica com cabeça de
águia e garras de leão. O filme tem efeitos visuais primorosos, um chamariz para
a aventura se tornar empolgante, assinados por Ray Harryhausen (1920-2013),
especializado em stop-motion (criou nos anos de 1950 diversas criaturas
memoráveis, como “O monstro do mar” e “O monstro do mar revolto”, além das de “Fúria
de titãs”).
Astro nos anos de 1960 e
1970, John Phillip Law (1937-2008) é o Simbad astuto e um dos melhores intérpretes
do personagem no cinema – ele esteve em filmes cultuados como “Barbarella” (1968)
e “Perigo: Diabolik” (1968).
Rodado na Espanha, tem
direção do alemão radicado no Reino Unido Gordon Hessler, que dirigiu muitas fitas
de terror, como “O ataúde do morto-vivo” (1969), “Grite, grite outra vez”
(1970) e “O uivo da bruxa” (1970).
A
nova viagem de Simbad (The golden voyage of Sinbad).
EUA/Reino Unido, 1973, 105 minutos. Aventura. Dirigido por Gordon Hessler.
Distribuição: Classicline
Simbad e o olho do tigre
Simbad (Patrick Wayne)
viaja às terras míticas de Charnak para se casar com a irmã de um príncipe. Só
que o príncipe está tomado por uma maldição, enfeitiçado pela própria madrasta.
Para romper o feitiço, Simbad é levado para uma série de desafios em uma viagem
arriscada.
No cinema, três filmes
de Simbad ficaram famosos nos cinemas e mais tarde em sessões da tarde na TV
aberta, principalmente nos EUA e no Brasil: “Simbad e a princesa” (1958), “A
nova viagem de Simbad” (1973) e “Simbad e o olho do tigre” (1977), os três com
efeitos especiais feitos pelo mago Ray Harryhausen (1920-2013), de “Fúria de
titãs” (1981). O personagem Simbad nasceu de contos populares no mundo árabe,
era um marujo intrépido que partia em viagens grandiosas pelo mundo afora. No
cinema Simbad apareceu em fitas clássicas, como “Simbad, o marujo” (1947,
interpretado pelo astro da década de 1930 Douglas Fairbanks Jr.), em animação
(como “Sinbad – A lenda dos sete mares”, de 2003, da Dreamworks) e até em
paródia brasileira, no caso “Simbad, o marujo trapalhão” (1976, com Renato
Aragão e Dedé Santana).
“Simbad e o olho do
tigre” (1977) é um entretenimento esperto e divertido, com muitas cenas de luta
com monstros. Aqui, como se fosse Hércules, Simbad terá um monte de desafios a
cumprir para alcançar o amor de sua vida; em todos eles, precisa derrotar
ferozes inimigos, como um temível colosso de bronze em forma de touro, um
gigante de chifre na testa, um ágil babuíno, demônios com espadas e um enorme tigre
com dentes-de-sabre. Dessa vez Simbad é interpretado por Patrick Wayne, de “Jake
Grandão” (1971), um papel marcante na carreira do ator. Há participação de Jane
Seymour, atriz de “Em algum ligar do passado” (1980) e da série “Dra. Quinn”
(1993-1998), e o filme foi rodado em locações na Espanha, Jordânia e Malta, além
de estúdios no Reino Unido. Conta ainda com boa direção de Sam Wanamaker, que dirigiu
séries de TV e foi um ator muito versátil entre os anos de 1950 e 1990.
Simbad e o olho do
tigre (Sinbad and the
eye of the tiger). Reino Unido, 1977, 113 minutos. Aventura. Dirigido por Sam
Wanamaker. Distribuição: Classicline
Jasão e o velo de ouro
Intrépidos aventureiros
liderados pelo grego Jasão (Todd Armstrong) viajam na nau Argo em busca da lã
de ouro do carneiro alado Crisómalo. No caminho, o grupo enfrentará monstros e
muitos perigos, na terra e no mar.
Retumbante fita de
aventura clássica, marcou gerações pelos efeitos visuais que chacoalhavam o
público nas poltronas do cinema (o filme é de 1963, exibido centenas de vezes
na TV aberta). Filmado em estúdios no Reino Unido e em belíssimas locações em
Salerno, na região da Campania, no sul da Itália, o filme, originalmente da
Columbia Pictures, revisita o épico poema do grego Apolônio de Rodes “As argonáuticas”,
escrito no século III a.C., em que conta a viagem de Jasão, herói da Tessália, por
terras desconhecidas para reivindicar seu trono roubado. Para tal, Jasão lidera
um bando de intrépidos aventureiros numa nau, chamada Argo (por isso eles são “os
argonautas”), explorando desafios para obter o velocino de ouro, uma lã de
carneiro que tem o poder de curar doentes. No estilo de Hércules, Jasão realiza
tarefas para conseguir o objeto sagrado, lutando com o titã Talos (uma enorme
estátua de bronze), harpias (aves de rapina com rosto e corpo de mulher), uma
hidra gigante (monstro mitológico com corpo de lagarto e várias cabeças de
cobra) até um confronto estrambólico com caveiras protegidas por escudos (cena memorável
na História do Cinema). Juntam-se a Jasão e os argonautas o deus dos mares,
Netuno, e até a sacerdotisa Medeia!
Novamente os efeitos visuais
são primorosos, chamariz para o filme, todos em stop-motion, assinados pelo
mago Ray Harryhausen, que criou criaturas famosas do cinema, de filmes como “A
vinte milhões de léguas da Terra” (1960), “A ilha misteriosa” (1961) e “O vale
de Gwangi” (1969).
Com roteiro de Beverley
Cross, criador de ótimas histórias de aventura para o cinema, como “Os
legendários vikings” (1964), “Gengis Khan” (1965) e “Simbad e o olho do tigre”
(1977), tem direção charmosa de Don Chaffey, de “Mil séculos antes de cristo”
(1966). Pontos altos também: a trilha de Bernard Herrmann, de Taxi driver”
(1976), e a fotografia de Wilkie Cooper, de “Pavor nos bastidores” (1950).
Jasão e o velo de
ouro (Jason and the
Argonauts). EUA/Reino Unido, 1963, 103 minutos. Aventura. Dirigido por Don
Chaffey. Distribuição: Classicline
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