Dois filmes para o
público jovem, disponíveis no streaming. Recomendo!
Zach Sobiech (Fin
Argus), um jovem estudante com poucos meses de vida devido a um câncer
agressivo, recorre à música para aproveitar seus últimos momentos. Uma de suas
composições, chamada “Clouds”, fará enorme sucesso na internet.
Produzido pela Warner
Bros, com distribuição mundial pela Disney+, o canal de streaming da Disney que
vem se popularizando no Brasil, o filme é um drama para os jovens, humano e bem
realizado, bem escrito e que deve levar boa parte deles às lágrimas. Isso
porque conta a triste trajetória de um jovem estudante com muitos planos, Zach
Sobiech (1995-2013), porém acometido por um câncer nos ossos, e que morreria
prematuramente aos 18 anos, deixando para trás músicas compostas que seriam
gravadas, depois, por outros cantores. Tinha talento e carisma, mas partiu
cedo. “Clouds”, sua música mais conhecida, bombou no Youtube em 2012 poucos
meses antes de Zach falecer e chegou a ser hit no Reino Unido, Canadá e França
- e em 2020, por causa do lançamento do filme, voltou com tudo, atingindo o ‘top
music’ no iTunes.
O filme tem momentos
melodramáticos, o ator que o interpreta tem carisma e está adequado ao papel
(Fin Argus, da série da Marvel “Agentes da S.H..I.E.L.D.”, de 2020), e
praticamente tudo foi extraído do livro autobiográfico escrito pela mãe dele,
Laura Sobiech, de título “Clouds: A memoir” – quem faz esse papel é Neve
Campbell, da franquia de terror “Pânico”.
Direção do mesmo de “A
cinco passos de você” (2019), o ator e produtor Justin Baldoni.
Clouds (Idem) EUA, 2020, 121 minutos. Drama.
Colorido. Dirigido por Justin Baldoni. Distribuição: Disney+
Num futuro incerto, em
um mundo tomado por monstros, o pai de família Dan (Chris Pratt) é convocado
para uma guerra para defender a humanidade, juntamente com uma tropa de elite. Mas
a missão será a mais árdua de sua vida.
Já vimos filmes de ação
assim, de mercenários preparados para uma guerra incerta contra criaturas.
Seguindo o mote de filmes desse naipe, “A guerra do amanhã” virou da noite para
o dia um blockbuster no streaming, um filme caro, explosivo, que não para e
lembra um jogo de videogame infernal. A palavra de ordem é “destruição”, e mais
nada, contando com uma equipe técnica que bolou ótimos efeitos digitais para
segurar o público na cadeira (efeitos bons por sinal, sejam nas explosões ou na
concepção dos monstros horripilantes). Para os que procuram algo pra se distrair
e não se importam com barulheira, a dica é válida.
Protagonizado pelo
simpático Chris Pratt, um dos rostos mais bonitos do cinema de entretenimento
atual e que segura qualquer filme, seja aventura, romance ou comédia, a fita de
ação distribuída pela Amazon Prime Video em sua plataforma de streaming quebrou
recordes e foi visto por milhões de pessoas no fim de semana de estreia (na
primeira semana de julho), o que indica o futuro do cinema, que agora está
dentro da casa dos indivíduos. O streaming veio para ficar, queira ou não... O
filme também contou com uma campanha de marketing extensiva e mundial, com
milhares de anúncios em redes sociais, rádios e TV, além de display especiais
com monstros espalhados em pontos estratégicos nos centros de grandes cidades,
inclusive no Brasil. Outro indicativo do futuro do cinema: o filme foi
produzido pela Paramount com a Skydance Media e o Amazon Studios, e adquirido
pelo Prime por U$ 200 milhões para ser lançado no ambiente virtual/remoto –
isso por conta da Covid, que fez com que o filme não fosse lançado no cinema.
Essa é aposta de muitos produtores, de lançar suas obras de cinema na rede, já
que o número de assinantes de streaming, como Netflix e Prime, cresceu
absurdamente entre 2020 e 2021 em relação aos anos anteriores, uma das
consequências da pandemia.
Dirige Chris McKay, da
animação “Lego Batman: O filme” (2017), que foi montador de “Uma aventura Lego”
(2014).
A guerra do amanhã (The tomorrow war). EUA, 2021, 138 minutos.
Ação. Colorido. Dirigido por Chris McKay. Distribuição: Amazon Prime Video
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