"3 de marsso: Dotor Strauss diz que eu deveria iscrever o que eu penso e mi lembra de tudo que acontese de agora endiante. Não sei por que mas ele diz que é importante então eles vão poder ver se vão mi usar. Quero que eles mi usem porque a professora Kinnian disse que tal vez eles possão mi fazer intelijente. Eu quero ser intelijente. Eu mi chamo Charlie Gordon, trabalho na padaria Donners onde o senhor Donner mi dá 11 dolares por semana e pão e bolu se eu quero".
Abertura do livro "Flores para Algernon" (1966), de Daniel Keyes, lançado no Brasil pela editora Aleph (2018, 288 páginas, tradução de Luisa Geisler). O clássico romance da literatura americana inspirou o filme "Os dois mundos de Charlie" (1968), que deu a Cliff Robertson o Oscar de melhor ator, no papel do personagem principal. Trata de um homem chamado Charlie, que tem deficiência intelectual, que aceita participar de uma cirurgia pioneira para reverter seu QI. A inteligência dele cresce de forma assustadora, e o paciente passa a ter novas percepções da realidade.
Delicado, profundo e sem dúvida uma obra-prima do mundo da ficção científica, o livro também deu origem a um musical da Broadway. PS: A escrita do livro com erros de grafia é proposital, já que é a escrita do personagem com deficiência intelectual.
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