"Iris ficou muito surpresa para responder. Olhou incrédula para as terras arenosas e cheias de plantas espinhosas que passavam pela janela, como se esperasse vê-la se transformar em chalés suíços, ou em lagos italianos.
- 'Ó', suspirou ela. 'A senhora é inglesa'.
- 'É claro. Achei que parecesse típica. Gostaria de tomar um chã?'
- 'Sim, é claro'.
Ao caminhar pelo vagão atrás de sua guia, Iris descobriu consternada que sua cabine ficava no final do corredor, bem na ponta do vagão. Parecia que seu quadrado protetor não lhe dava garantias contra acidentes, afinal de contas".
Trecho do clássico romance "A dama oculta" (1936), da escritora inglesa especializada em literatura policial Ethel Lina White, lançado no Brasil pela editora Vestígio, selo da editora Autêntica (2016, 272 páginas, tradução de Rogério Bettoni).
Em uma viagem de trem pela Europa, a jovem socialite Iris fica próxima de uma simpática senhora, Srta Froy. Horas depois, a idosa desaparece de forma misteriosa, sem deixar vestígios. Iris não entende o que ocorre ao questionar as pessoas a bordo, que informam nunca terem visto tal senhora. Então começa uma longa investigação com direito a muitas reviravoltas.
Com momentos de humor e suspense, o livro, aclamado dentro e fora da Europa, originou o filme homônimo de Alfred Hitchcock, lançado em 1938, com Margaret Lockwood e Paul Kukas (disponível em DVD no Brasil pela Versátil Home Video, relançado recentemente). Procure já o livro!
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