Duas atletas, após
fracassarem nas Olimpíadas do Rio em 2016, preparam-se arduamente para os jogos
de Tóquio com a meta de reerguer a carreira.
As atrizes Thalita
Carauta e Fernanda de Freitas engrandecem esse drama sobre competições
esportivas que acaba de entrar no catálogo do Telecine, dois meses depois de
estrear nos cinemas (tem como produtora a Globo Filmes com a Gullane e
distribuição da Imovision). Elas interpretam duas mulheres dando duro para
reerguer a carreira no Atletismo após um fiasco nos Jogos Olímpicos do Rio de
Janeiro, em 2016. Ao serem derrotadas no revezamento 4x100 e consequentemente
perderem a chance de ganhar medalhas de ouro, um efeito catastrófico se abate
sobre suas vidas. Os anos se passam, e elas têm a chance de uma nova etapa no
mundo do esporte. Mas precisarão abandonar a rivalidade para conseguir espaço
nas Olimpíadas de Tóquio de 2020, e quem sabe reviver os tempos áureos de
quando eram verdadeiras estrelas na mídia.
É raro vermos filmes
sobre atletismo feminino (confesso que nunca havia assistido um feito no
Brasil), e esse é um exemplar modesto, bem realizado e com alta qualidade de
roteiro e trabalho técnico. Não é apenas sobre esporte, competição,
determinação, há subtramas sobre preconceito e a mídia esportiva no Brasil,
sendo um bom entretenimento para quem está à procura de conferir o nosso cinema
brasileiro.
É o melhor trabalho do
diretor de “Operações especiais” (2015) e “Desculpe o transtorno” (2016), Tomas
Portella, que reuniu um elenco adequado em papéis sinceros, como o de Augusto
Madeira (o treinador), além das duas atrizes já mencionadas.
Esqueça o título
genérico e nada chamativo, e assista, pois é um dos bons feitos do cinema
brasileiro de 2021, e que anteciparia a participação do país nas Olímpiadas de
Tóquio.
4x100: Correndo por
um sonho (Idem). Brasil,
2021, 91 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por Tomas Portella. Distribuição:
Imovision
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