"À medida que os dias passavam, a atmosfera da cidade foi ficando estranha. Era como se Nova York tivesse perdido algo - seu aspecto de realidade ou sua importância - e a cidade agora representasse uma peça, apenas para ele, uma peça colossal com seus ônibus, táxis, transeuntes apressados pelas ruas, os programas de televisão em todos os bares da Third Avenue, as marquises dos cinemas [...]"
Trecho de "O talentoso Ripley", o polêmico romance policial da escritora americana Patricia Highsmith, lançado em 1955 e que recebeu no mês passado uma caprichada edição em capa dura no Brasil pela editora Intrínseca (2021, 337 páginas, tradução de José Francisco Botelho). O livro conta a vida do golpista Tom Ripley em uma arriscada missão: convencer o herdeiro de uma fortuna, o playboy Dickie Greenleaf, a retornar para casa para assim assumir os negócios da família. Mas ao conhecer Dickie, Ripley tentará ficar cada vez mais próximo dele, pois pretende ter aquela vida de riqueza também.
Com elementos das autênticas tramas policiais de investigação e momentos de suspense e subversão, o livro tem um clima erótico entre os dois personagens masculinos centrais, que causou muita controvérsia na época do lançamento. E ganhou duas grandes versões para cinema: a primeira em 1960, "O sol por testemunha", com Alain Delon no papel do protagonista, e a mais famosa, em 1999, um thriller de Anthony Minghella, com Matt Damon na pele de Ripley - o filme foi indicado a cinco Oscars, incluindo melhor ator coadjuvante para Jude Law e melhor roteiro adaptado.
A Intrínseca também lançou esse mês a continuação, "Ripley subterrâneo", que em breve comento aqui. Por enquanto leia com atenção essa obra-prima da literatura contemporânea norte-americana.
Trecho de "O talentoso Ripley", o polêmico romance policial da escritora americana Patricia Highsmith, lançado em 1955 e que recebeu no mês passado uma caprichada edição em capa dura no Brasil pela editora Intrínseca (2021, 337 páginas, tradução de José Francisco Botelho). O livro conta a vida do golpista Tom Ripley em uma arriscada missão: convencer o herdeiro de uma fortuna, o playboy Dickie Greenleaf, a retornar para casa para assim assumir os negócios da família. Mas ao conhecer Dickie, Ripley tentará ficar cada vez mais próximo dele, pois pretende ter aquela vida de riqueza também.
Com elementos das autênticas tramas policiais de investigação e momentos de suspense e subversão, o livro tem um clima erótico entre os dois personagens masculinos centrais, que causou muita controvérsia na época do lançamento. E ganhou duas grandes versões para cinema: a primeira em 1960, "O sol por testemunha", com Alain Delon no papel do protagonista, e a mais famosa, em 1999, um thriller de Anthony Minghella, com Matt Damon na pele de Ripley - o filme foi indicado a cinco Oscars, incluindo melhor ator coadjuvante para Jude Law e melhor roteiro adaptado.
A Intrínseca também lançou esse mês a continuação, "Ripley subterrâneo", que em breve comento aqui. Por enquanto leia com atenção essa obra-prima da literatura contemporânea norte-americana.
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