sábado, 28 de dezembro de 2019

Resenha Especial



Eu, mamãe e os meninos

Guillaume (Guillaume Gallienne) relembra a infância e a juventude, épocas de grandes conflitos com a mãe controladora, que, por gostar demais das mulheres, insistia que ele era gay.

Uma história de vida engraçada e ao mesmo tempo comovente sem ser piegas, baseada nas próprias experiências do ator Guillaume Gallienne, que escreveu, produziu, dirigiu e atuou em seu filme mais pessoal. Ele tem um humor diferenciado, perspicaz e reflexivo, e abre o coração para contar particularidades de quando era criança até a fase da juventude. Ele interpreta papel duplo, primeiro na pele do protagonista, o jovem Guillaume, que relembra o passado de amarguras, melindres e medo, e em segundo plano como a mãe autoritária, que educou o filho de maneira rígida chegando a cometer bullying frequente com ele. Por exemplo, insistia que o filho era gay (e não era) - o título refere-se a uma lembrança de Guillaume, na época com quatro anos de idade, quando a matriarca gritava na hora do jantar: “Meninos e Guillaume, à mesa!”.
Narrado em off, tem um bom roteiro e uma maquiagem e caracterização feminina perfeitas do ator principal, em um de seus trabalhos mais memoráveis – francês, Gallienne atuou em dezenas de filmes, como “Maria Antonieta” (2006), “Yves Saint Laurent” (2014) e “Cézanne e eu” (2016).


Lançado em 2013, venceu prêmios diversos pelo mundo, como o César (em cinco categorias, incluindo ator) e em Cannes, onde faturou dois prêmios especiais, além de ter sido indicado lá tanto ao Golden Camera quanto ao Queer Palm.
Em sua fita de estreia, Gallienne nos presenteia com uma fita adorável, pessoal e divertida. Vale conhecer!

Eu, mamãe e os meninos (Les garçons et Guillaume, à table!). França/Bélgica, 2013, 85 minutos. Comédia dramática. Colorido. Dirigido por Guillaume Gallienne. Distribuição: Paramount Pictures


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