Eu, mamãe e os meninos
Guillaume
(Guillaume Gallienne) relembra a infância e a juventude, épocas de grandes conflitos
com a mãe controladora, que, por gostar demais das mulheres, insistia que ele
era gay.
Uma história
de vida engraçada e ao mesmo tempo comovente sem ser piegas, baseada nas
próprias experiências do ator Guillaume Gallienne, que escreveu, produziu,
dirigiu e atuou em seu filme mais pessoal. Ele tem um humor diferenciado, perspicaz
e reflexivo, e abre o coração para contar particularidades de quando era criança
até a fase da juventude. Ele interpreta papel duplo, primeiro na pele do
protagonista, o jovem Guillaume, que relembra o passado de amarguras, melindres
e medo, e em segundo plano como a mãe autoritária, que educou o filho de maneira
rígida chegando a cometer bullying frequente com ele. Por exemplo, insistia que
o filho era gay (e não era) - o título refere-se a uma lembrança de Guillaume,
na época com quatro anos de idade, quando a matriarca gritava na hora do
jantar: “Meninos e Guillaume, à mesa!”.
Narrado
em off, tem um bom roteiro e uma maquiagem e caracterização feminina perfeitas do
ator principal, em um de seus trabalhos mais memoráveis – francês, Gallienne atuou
em dezenas de filmes, como “Maria Antonieta” (2006), “Yves Saint Laurent” (2014)
e “Cézanne e eu” (2016).
Lançado
em 2013, venceu prêmios diversos pelo mundo, como o César (em cinco categorias,
incluindo ator) e em Cannes, onde faturou dois prêmios especiais, além de ter
sido indicado lá tanto ao Golden Camera quanto ao Queer Palm.
Em sua
fita de estreia, Gallienne nos presenteia com uma fita adorável, pessoal e divertida.
Vale conhecer!
Eu, mamãe e os meninos (Les garçons et Guillaume, à table!).
França/Bélgica, 2013, 85 minutos. Comédia dramática. Colorido. Dirigido por
Guillaume Gallienne. Distribuição: Paramount Pictures
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