quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Resenha Especial


Mamma Mia! – O filme

* REEDIÇÃO

Prestes a se casar na ilha grega de Kalokairi, a jovem Sophie (Amanda Seyfried) resolve desvendar um antigo mistério: quem é o seu verdadeiro pai. Ela descobre em um diário que a mãe, Donna (Meryl Streep), relacionou-se com três homens diferentes em um curto espaço de tempo. Para saber a verdade, Sophie, sem contar para a mãe, convida para o casamento os três supostos genitores – Sam (Pierce Brosnan), Bill (Stellan Skarsgard) e Harry (Colin Firth). A confusão está armada quando Donna reencontra com os amores passados e, diante da filha, terá de revelar o segredo.

Com a estreia de “Mamma Mia! - Lá vamos nós de novo” amanhã nos cinemas, a Universal Pictures acaba de relançar este mês em DVD uma edição comemorativa de 10º aniversário do musical que encantou o público e recebeu duas indicações ao Globo de Ouro (melhor filme e atriz para Meryl Streep). O DVD, fresquinho nas lojas, traz como atração uma nova arte de capa, puramente feminina (com a foto de Meryl e Amanda em primeiro plano), e mais de 1h30 de novos extras (encontrados apenas na edição dupla em Bluray, pois em DVD continuam os mesmos da versão antiga).
Megassucesso nas salas de cinema em todo o mundo arrecadando U$ 615 milhões, a comédia musical é baseada na peça de teatro homônima originalmente montada em Londres em 1999. Há razões para o estrondoso sucesso de público: o filme é alto astral e as músicas, todas elas do Abba, contagiam. Traz fascinantes locações de uma ilha paradisíaca numa Grécia banhada por um exuberante mar azul. É irresistível acompanhar as traquinagens e os desastres cometidos pelo trio feminino de cinquentonas – Meryl Streep, Julie Walters e Christine Baranski, que estão à vontade em papéis de molecas. Há doses de humor equilibradas com momentos dramáticos bem bonitos – como a reprodução do clássico “The winner takes it all” e de “Slipping through my fingers”.
Apesar do charme e do colorido todo, o musical tem um enredo fácil, até bobinho. É basicamente uma história de reencontro e descobertas, cujo mote se centraliza no desejo de uma garota em busca do sonho – não materialista – de conhecer o pai. Para conquistá-lo, acaba armando uma confusão daquelas ao reunir os três supostos pais para festejar o casamento.
Como o elenco todo solta a voz, temos de perdoar o tom desajeitado dos atores – e até esquecer as desafinadas de  Julie Walters e Meryl Streep. Pena que os homens da fita, nomes fortes do cinema, não têm o mesmo destaque do trio composto pelo sexo oposto. Por ser tudo tão alegre, tão divertido, a fita cativa, e deixamos de olhar as falhas.
Assim como eu, fãs do Abba deverão curtir a fita. Quem dançou ao som da banda sueca nos anos 70 e início dos 80 vai lembrar com saudosismo de ritmos que marcaram época, como “Dancing Queen”, “Super trouper”, “SOS”, “Take a chance on me”, “Honey, honey” e, obviamente, a canção-título, um dos melhores momentos do filme, em que Meryl Streep, de macacão azul, anda pelos telhados da casa.
Além do casal Tom Hanks e Rita Wilson, estão ligados na produção executiva do filme os ex-integrantes do Abba, Björn Ulvaeus e Benny Andersson, que ainda aparecem como figurantes em duas sequências. E este é o primeiro trabalho da diretora inglesa Phyllida Lloyd, que também dirigiu a remontagem da peça na Broadway anos atrás (três anos depois faria com Meryl “A dama de ferro”, que deu à atriz o terceiro Oscar).
Recebeu ainda indicação ao Grammy e ao Bafta – e no Razzie, o dos piores do ano, Pierce Brosnan ganhou.
Assistam antes de ir à sessão da segunda parte, que entra amanhã nos cinemas de todo o Brasil. Também disponível no Netflix.

Mamma Mia! – O filme (Mamma mia!). EUA/Reino Unido/Alemanha, 2008, 108 min. Comédia/Musical. Colorido. Dirigido por Phyllida Lloyd. Distribuição: Universal Pictures

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