terça-feira, 7 de agosto de 2018

Resenha Especial


Missão: Impossível - Nação secreta

O agente especial Ethan Hunt (Tom Cruise) reúne mais uma vez sua equipe de elite, desta vez para destruir uma organização secreta de assassinos profissionais chamada Sindicato, composta por agentes traidores que têm como plano eliminar a IMF e a CIA.

Novo diretor, novo filmaço. Christopher McQuarrie, roteirista vencedor do Oscar por “Os suspeitos” (1995) e diretor do criativo “Jack Reacher: O último tiro” (2012), reuniu novamente o ator e produtor Tom Cruise para essa excepcional fita de ação, a quinta da franquia “Missão: Impossível” e para mim a melhor, até agora a mais rentável – custou pouco mais que o anterior, U$ 150 milhões, e rendeu quase U$ 690 milhões em todo o mundo.
Baseado na célebre série de sucesso dos anos 60 e 70, este thriller de espionagem para público com nervos de aço homenageia James Bond e Jason Bourne, e continua do final do anterior, “Protocolo Fantasma”, que mencionava o Sindicato (que existiu na série). Antecede os acontecimentos do sexto filme, “Efeito Fallout” (em exibição nos cinemas – que é muito bom também, mas não o ‘the best one’), mostrando pela primeira vez o tal do Sindicato, uma organização criminosa constituída por agentes renegados treinados para matar. Tom Cruise, com 53 anos, está formidável na pele do ágil agente da IMF Ethan Hunt, optando pela construção de um personagem mais sólido, maduro e ainda mais explosivo. Aqui, Hunt e sua equipe terá um tempo escasso para destruir a corporação do mal e escapar com vida de armadilhas atrozes implantadas em diversos países.
O filme já abre com uma cena estupenda de ação, em Minsk (Belarus), com Cruise, sem dublê, tentando entrar em um Airburs A400M em plena decolagem (90% das cenas o ator dispensou dublê, assim como nos anteriores – por isso já quebrou braço e outras partes do corpo dezenas de vezes).
O que não falta neste quinto capítulo são momentos de pura adrenalina, como a luta na Casa de Ópera de Viena ao som da lindíssima “Nessun Dorma” (de Puccini) e o mergulho no sistema hídrico em Marrocos, seguido por perseguições de carro e moto, em alta voltagem, pelas ruas estreitas do país. As sequências tiram o fôlego, planejadas em enquadramentos mágicos e tratadas em uma edição nervosa.
Retornam personagens da equipe da IMF como Luther (Ving Rhames), Benji (Simon Pegg) e Brandt (Jeremy Renner), e entram em cena bons atores, com destaque para Alec Baldwin como Hunley, um dos chefões da CIA (meio vilão), Rebecca Ferguson, a sexy agente Ilsa, infiltrada da MI6 (a bonita atriz sueca se parece muito com a conterrânea Ingrid Bergman), e Sean Harris como o sinistro líder do Sindicato Solomon Lane.
Não poderiam faltar três ingredientes aguardados pelos fãs, com nova roupagem: a abertura com o pavio aceso, que logo se explode; a mensagem que se autodestrói; e a trilha sonora da série antiga, do argentino Lalo Schifrin, com outro toque, agora por Joe Kraemer.
Assista sem falta antes de conferir “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, que estreou há duas semanas nos cinemas, e que desdobra a história deste filme, novamente com direção (e roteiro) caprichada de Christopher McQuarrie. Já em DVD e Bluray.

Missão: Impossível - Nação secreta (Mission: Impossible - Rogue nation). EUA/China/Hong Kong, 2015, 131 min. Ação. Colorido. Dirigido por Christopher McQuarrie. Distribuição: Paramount Pictures

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