domingo, 29 de julho de 2018

Especial de Cinema


CINEMÃO

Revendo os filmes da franquia 'Missão: Impossível' para assistir hoje à nova aventura estrelada por Tom Cruise, 'Efeito Fallout'. Abaixo resenhas de 'Missão Impossível III' (escrita agorinha) e 'Missão: Impossível - Protocolo Fantasma' (reedição).


Missão: Impossível III

Agente secreto da IMF, Ethan Hunt (Tom Cruise) é convocado às pressas para capturar um sádico traficante de armas chamado Owen Davian (Philip Seymour Hoffman). O bandido sequestrou a namorada de Hunt, Julia (Michelle Monaghan), e faz perigosas ameaças. Nessa nova missão, reúne sua equipe de elite para viajar de Berlim a Shanghai. No caminho o grupo ainda terá de resgatar uma agente capturada, Lindsey Farris (Keri Russell).

Eletrizante do início ao fim! Para mim, o melhor filme da cinessérie “Missão Impossível”, franquia que teve início como seriado entre 1966 e 1973, ganhador de três Globos de Ouro, com Peter Graves no papel do agente Jim Phelps - depois, com Tom Cruise, transformado em Ethan Hunt. Cruise produziu e atuou nas seis fitas de espionagem (o último capítulo acabou de estrear, “Efeito Fallout”), a maioria com ótima repercussão de crítica. O primeiro surpreendeu em 1996, dirigido por Brian De Palma; em sequência veio a segunda parte, a mais fraca, de 2000, de John Woo, até chegar neste ótimo capítulo, de 2006, incrivelmente dirigido por J.J. Abrams. Até hoje os fãs o consideram o mais próximo da série clássica e o mais criativo.
O filme enfrentou sérios problemas na produção. Houve brigas com Tom Cruise, diretores do cinema nervoso de ação como David Fincher e Joe Carnahan foram escalados, mas deixaram o projeto. Kenneth Branagh interpetaria o vilão, super bem substituído pelo sinistro Philip Seymour Hoffman (1967-2014), memorável no papel, que ganharia o Oscar no mesmo ano em sua primeira indicação, por “Capote” (2006). Teria também Scarlett Johansson, não deu certo. No entanto o filme saiu, com resultado excepcional confirmando o talento de J.J. Abrams, estreante como diretor em longa-metragem. Ele ficou conhecido por ter criado duas séries de sucesso, “Alias: Codinome Perigo” e “Lost” - e depois de “Missão Impossível III” dirigiria produções de peso como os dois novos exemplares da franquia “Star Trek” (2009 e 2013), “Super 8” (2011) e “Star Wars: O despertar da força” (2015).
Nesta terceira parte, o agente Ethan Hunt, da Impossible Missions Force (IMF), envolve-se em pequenas e arriscadas missões. Convocado pelos superiores, sai à caça de um traficante de armas que raptou sua namorada – o filme inicia com ela amarrada em uma cadeira, prestes a ser morta, enquanto o vilão pressiona Hunt num interrogatório (fórmula mais que clássica). Precisa também resgatar uma agente contando com a união de sua equipe enquanto mantém a identidade secreta para proteger a família.
Várias sequências mantêm a tradição dos filmes anteriores: a abertura com o pavio aceso, que logo se explode; a mensagem que se autodestrói; a trilha movimentada que veio da série antiga, criada pelo argentino Lalo Schifrin, aqui como novo arranjo de Michael Giacchino; e Ethan Hunt pendurado pela cintura, em posição horizontal, para não ser visto quando invade um lugar.
Prepare o coração para momentos excitantes em diversos países onde Ethan Hunt arrisca-se nas missões, como a destruição da estação de energia eólica na Alemanha, o ataque a míssil numa ponte, com engavetamento de carros, a descida de costas em um arranha-céu de vidro em Shangai e corre-corre no Vaticano (rodadas em locais autênticos). Também há cenas brilhantes da produção das máscaras de disfarce. De tirar o fôlego!
No elenco, volta apenas Ving Rhames como Luther, o parceiro de Hunt, e novos rostos surgem para dar um gás na história - Simon Pegg, Michelle Monaghan, Billy Crudup, Jonathan Rhys Meyers, Keri Russell, Maggie Q, Eddie Marsan e Laurence Fishburne.
Com roteiro de Abrams com Alex Kurtzman, que já havia escrito outros filmes da franquia, “Missão Impossível III” foi um dos mais caros e o que menos rendeu os cinemas – custou U$150 milhões, arrecadando U$ 398 milhões. Os dois próximos da cinessérie, “Protocolo fantasma” (2011) e “Nação secreta” (2015), seriam os mais lucrativos, com o dobro deste em bilheteria!
Disponível no Brasil em DVD e Bluray, em edição simples e em boxes. Contém no disco extras como comentários de Tom Cruise e J.J. Abrams, making of, cenas inéditas e especiais.

Missão: Impossível III (Mission: Impossible III). EUA/ Alemanha/ China/ Itália, 2006, 125 min. Ação. Colorido. Dirigido por J.J. Abrams. Distribuição: Paramount Pictures



Missão: Impossível - Protocolo Fantasma

* REEDIÇÃO

O agente Ethan Hunt (Tom Cruise) está de volta em mais uma missão perigosa – e ultrassecreta. Desta vez, ele sai da prisão para liderar um grupo de policiais especiais, formado por Jane (Paula Patton), Benji (Simon Pegg) e Brandt (Jeremy Renner). A ideia inicial é barrar um infalível plano de chefões russos que pretendem lançar uma guerra nuclear. Isto depois que a agência onde Hunt atua, a IMF, é incriminada de ter explodido o Kremlin, sede do governo da Rússia.

O melhor filme de ação de 2011 e um dos mais originais da série junto com a terceira e quinta parte. De surpreender! Tom Cruise retorna com pique na pele de Ethan Hunt, o ágil agente secreto, agora na captura de bandidos do alto escalão da Rússia (opa, lembra James Bond em suas aventuras em meio à Guerra Fria). Com as habituais máscaras de disfarce, Hunt tem três aliados, cada um expert em uma área. Jeremy Renner interpreta um atirador nato, que muitas vezes rouba a cena; o humorista inglês Simon Pegg faz o alívio cômico da trama, mestre em informática, e a bela atriz negra Paula Patton, uma policial empenhada em prender homens maus.
A história começa com Hunt fugindo de uma prisão e logo vendo a IMF ser incriminada de explodir o Kremlin. Daí por diante, a trama se complica em um jogo perverso entre russos poderosos, que querem destruir a Terra por meio de uma guerra nuclear.
Esse quarto capítulo da série traz sequências eletrizantes, de tirar o fôlego, como a intensa perseguição em uma fábrica montadora de carros, no desfecho. O ponto alto do filme está na metade, quando o grupo vai para Dubai; de lá saem duas cenas graficamente impressionantes: a escalada de Hunt no Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, e a devastadora tempestade de areia (aliás, as locações nessa cidade dos Emirados Árabes impressionam).
Tudo graças à nítida qualidade de imagem gravada por câmeras Imax, o diferencial em relação aos anteriores, e a mão ágil do diretor Brad Bird, mestre da Pixar, responsável pelas animações “Os Incríveis” (2004) e “Ratatouille” (2007).
Como sempre, como já existia inclusive no seriado dos anos 60-70, há a tradicional mensagem que se autodestrói, bem como as máscaras, a música mundialmente lembrada etc.
Rendeu bons bocados na bilheteria – o filme custou U$ 145 milhões e obteve cinco vezes mais na estreia!
O elenco central se enquadra na tela, tem química entre si (estranhamente Tom Cruise não tem um par romântico aqui), e minutos antes de terminar a fita há aparição rápida de dois personagens das continuações passadas, Ving Rhames e Michelle Monaghan. Entretenimento de primeira! Assista e vibre! Em DVD e Bluray, em edições simples e em boxes especiais.

Missão: Impossível - Protocolo Fantasma (Mission: Impossible - Ghost Protocol). EUA/Emirados Árabes, 2011, 132 min. Ação. Colorido. Dirigido por Brad Bird. Distribuição: Paramount Pictures

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