segunda-feira, 14 de março de 2016

Crítica de cinema


A casa do cemitério

Dr. Norman Boyle (Paolo Malco) muda-se com a família para uma antiga casa ao lado de um cemitério abandonado. Dia e noite eles escutam passos e barulhos estranhos vindos do porão, que irão culminar numa série de mortes horrendas.

Exemplar terror gore italiano do mestre Lucio Fulci (1927-1996), com cenas grotescas de lacerações e decapitação (que até hoje impressionam) e uma absorvente atmosfera assustadora. Fulci invoca o clima de um pesadelo infernal, como fez em “Pavor na cidade dos zumbis” (1980) e “Terror nas trevas” (1981), com imagens sinuosas em primeira pessoa, tensão, sustos e sequências brutais de assassinato, com direito a sangue escorrendo pelos cantos. Do início ao fim, a história de mistério dialoga com traços fantasmagóricos, de um passado remoto, por meio de um quadro na parede, reforçados pela deslumbrante fotografia de névoa assinada por Sergio Salvati, parceiro frequente dos trabalhos do diretor.
Um grande conto de horror regido magistralmente por Lucio Fulci – ele escreveu o roteiro ao lado de outros três roteiristas, inspirado em H.P Lovecraft. Também conhecido no Brasil como “A casa dos mortos-vivos”, o filmão italiano sai em DVD pela Versátil no box “Obras-primas do terror – volume 4”, com cinco outros títulos imperdíveis: “A filha de Satã” (1962), “Sob o poder da maldade” (1967), “Nasce um monstro” (1974), “Schock” (1977) e  “A espinha do diabo” (2001).


A casa do cemitério (Quella villa accanto al cimitero). Itália, 1981, 86 min. Terror. Dirigido por Lucio Fulci. Distribuição: Versátil Home Video

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