Dr.
Norman Boyle (Paolo Malco) muda-se com a família para uma antiga casa ao lado
de um cemitério abandonado. Dia e noite eles escutam passos e barulhos estranhos
vindos do porão, que irão culminar numa série de mortes horrendas.
Exemplar
terror gore italiano do mestre Lucio Fulci (1927-1996), com cenas grotescas de lacerações
e decapitação (que até hoje impressionam) e uma absorvente atmosfera assustadora.
Fulci invoca o clima de um pesadelo infernal, como fez em “Pavor na cidade dos
zumbis” (1980) e “Terror nas trevas” (1981), com imagens sinuosas em primeira
pessoa, tensão, sustos e sequências brutais de assassinato, com direito a sangue
escorrendo pelos cantos. Do início ao fim, a história de mistério dialoga com
traços fantasmagóricos, de um passado remoto, por meio de um quadro na parede,
reforçados pela deslumbrante fotografia de névoa assinada por Sergio Salvati,
parceiro frequente dos trabalhos do diretor.
Um
grande conto de horror regido magistralmente por Lucio Fulci – ele escreveu o
roteiro ao lado de outros três roteiristas, inspirado em H.P Lovecraft. Também conhecido
no Brasil como “A casa dos mortos-vivos”, o filmão italiano sai em DVD pela
Versátil no box “Obras-primas do terror – volume 4”, com cinco outros títulos
imperdíveis: “A filha de Satã” (1962), “Sob o poder da maldade” (1967), “Nasce
um monstro” (1974), “Schock” (1977) e “A
espinha do diabo” (2001).
A casa do cemitério (Quella villa accanto al cimitero).
Itália, 1981, 86 min. Terror. Dirigido por Lucio Fulci. Distribuição: Versátil
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