quarta-feira, 16 de março de 2016

Crítica de cinema



A filha de Satã


O professor universitário Normal Taylor (Peter Wyngarde) suspeita que a esposa, Tansy (Janet Blair), pratica bruxaria. Ele descobre estranhos objetos em sua casa, que reforçam sua ideia, e a partir daí inicia uma investigação particular.

Cultuada fita inglesa sobre bruxaria moderna que custou barato para os padrões da época (U$ 200 mil), com suspense mantido do começo ao fim graças ao roteiro preciso, repleto de estranhos acontecimentos e alguns sustos. É o trabalho mais conhecido do diretor escocês Sidney Hayers (1921-2000), o mesmo de “Circo de horrores” (1960) e “A morte ronda a floresta” (1966), que no Brasil recebeu um título sensacionalista e nos Estados Unidos outro bem chamativo, “Burn, witch, burn”, como estratégia de marketing para garantir público nos cinemas.
Na intrigante história, um cético professor procura desvendar o lado obscuro da esposa quando encontra em casa pequenos objetos de bruxaria, magia negro e vodu, como bonecos em miniatura com semblante humano, materiais pontiagudos e cartas de Tarot queimadas. Quanto mais ele investiga, expondo a própria vida, mais ficam visíveis as suspeitas sobre a mulher.
Rodado na Inglaterra, em fotografia em preto-e-branco, o filme encabeça a lista dos melhores sobre bruxaria moderna, chamando a atenção para os curiosos detalhes de rituais e feitiçaria que as bruxas praticam para espalhar o mal. Inédito em DVD, sai agora no Brasil em cópia restaurada pela Versatil, no box “Obras-primas do terror – volume 4”, com cinco outros títulos: “Sob o poder da maldade” (1967), “Nasce um monstro” (1974), “Schock” (1977), “A casa do cemitério” (1981) e  “A espinha do diabo” (2001).


A filha de Satã (Night of the eagle). Inglaterra, 1962, 90 min. Terror. Dirigido por Sidney Hayers. Distribuição: Versátil Home Video

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