A filha de Satã
O professor
universitário Normal Taylor (Peter Wyngarde) suspeita que a esposa, Tansy
(Janet Blair), pratica bruxaria. Ele descobre estranhos objetos em sua casa,
que reforçam sua ideia, e a partir daí inicia uma investigação particular.
Cultuada
fita inglesa sobre bruxaria moderna que custou barato para os padrões da época
(U$ 200 mil), com suspense mantido do começo ao fim graças ao roteiro preciso, repleto
de estranhos acontecimentos e alguns sustos. É o trabalho mais conhecido do
diretor escocês Sidney Hayers (1921-2000), o mesmo de “Circo de horrores”
(1960) e “A morte ronda a floresta” (1966), que no Brasil recebeu um título
sensacionalista e nos Estados Unidos outro bem chamativo, “Burn, witch, burn”,
como estratégia de marketing para garantir público nos cinemas.
Na
intrigante história, um cético professor procura desvendar o lado obscuro da
esposa quando encontra em casa pequenos objetos de bruxaria, magia negro e vodu,
como bonecos em miniatura com semblante humano, materiais pontiagudos e cartas de
Tarot queimadas. Quanto mais ele investiga, expondo a própria vida, mais ficam
visíveis as suspeitas sobre a mulher.
Rodado
na Inglaterra, em fotografia em preto-e-branco, o filme encabeça a lista dos
melhores sobre bruxaria moderna, chamando a atenção para os curiosos detalhes de
rituais e feitiçaria que as bruxas praticam para espalhar o mal. Inédito em
DVD, sai agora no Brasil em cópia restaurada pela Versatil, no box “Obras-primas
do terror – volume 4”, com cinco outros títulos: “Sob o poder da maldade”
(1967), “Nasce um monstro” (1974), “Schock” (1977), “A casa do cemitério”
(1981) e “A espinha do diabo” (2001).
A filha de Satã (Night of the eagle). Inglaterra, 1962,
90 min. Terror. Dirigido por Sidney Hayers. Distribuição: Versátil Home Video
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