Quatro amigos (dois
deles casados e um solteirão convicto) mantém uma rica amizade, que dura quase
cinco décadas. Quando a saúde começa a ficar frágil, e na tentativa de fugirem
do possível asilo, resolvem morar todos juntos, em uma única casa. Assim feito,
o ambiente servirá de ponto para discussão sobre vida e morte e um olhar sobre
o passado.
Falando francês,
Geraldine Chaplin, Jane Fonda e Daniel Brühl destacam-se no elenco dessa fita
franco-germânica de tema agradável, que é de um encantamento sem igual. A
velhice, em 2012, esteve retratada de forma amarga e desesperadamente terminal
em “Amor”, a obra-prima sufocante de Michael Haneke. Aqui, o outro lado
ressurge, a leveza da amizade fraterna que rompe barreiras, de amigos com suas
esquisitices e manhas que se redescobrem quando vão morar juntos para um cuidar
do outro a fim de não recorrerem ao tão temido asilo, lugar para eles de
tristeza e falta de tato.
É, acima de tudo, uma
comédia dramática sobre relações humanas e sobre a maturidade da vida. Como
seria se eu e meus melhores amigos vivêssemos juntos num mesmo espaço até o
desfecho dos nossos dias? A resposta aqui é levada a sério, com muita ternura,
apreço e respeito, sem cair em melodramas baratos.
Uma pequena obra
cinematográfica de 2011, só agora disponível no Brasil, que faz o dia brilhar.
Um autêntico sopro de vida. Conheça.
E se vivêssemos todos
juntos? (Et si on vivait tous
ensemble?). França/Alemanha, 2011, 95 min. Comédia dramática.
Dirigido por Stéphane Robelin. Distribuição: Imovision
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