Steve Butler (Matt
Damon) trabalha como representante comercial de uma corporação bilionária especializada
em extração de gás. Ele é enviado à pequena cidade rural de McKinley,
juntamente com sua colega de trabalho Sue (Frances McDormand), para negociar
com os habitantes a aquisição dos direitos para explorar as terras da região.
Tudo parece simples, no entanto, alertados sobre o assunto, dois moradores - um
professor aposentado, Frank (Hal Holbrook), e o perspicaz ambientalista Dustin
(John Krasinski), organizam uma campanha contra a empresa extratora recém-chegada
na cidade.
Fracasso de
bilheteria nos Estados Unidos, o novo trabalho do irregular cineasta Gus Van
Sant veio mal recebido pelo público no Brasil. Pouca gente teve conhecimento dessa
fita curiosa e moderadamente crítica sobre as facetas do capitalismo pungente e,
nesse meio, a exploração desenfreada de combustível. Sant retorna às origens da
narrativa superconvencional e temas atuais após uma fase amarga de filmes
pesados e contraditórios, como “Elefante”, “Últimos dias” e “Paranoid park”.
Trouxe de volta, para o elenco, seu amigo pessoal, Matt Damon, com quem havia
trabalhado no premiado “Gênio indomável”, além de incrementar a obra com
Frances McDormand (envelhecida, sem maquiagem), Hall Holbrook e John Krasinski
(que escreveu o roteiro junto com Damon).
A história gira em
torno de dois funcionários de uma empresa exploradora de combustível, que
adquire terras no interior americano, e têm de oferecer suporte para os
moradores da área. No entanto tudo se complica quando dois outros homens, um
intelectual e outro de caráter duvidoso, batem de frente com os princípios
capitalistas e se unem para expulsar a empresa daquela região rural. Para o
público fica a escolha: dar crédito aos exploradores (que não são mostrados
como perversos e mal intencionados) ou ao ambientalista apoiado por grande
parte da população local. Um jogo dúbio, de interesses constantes de ambos os
lados, cujo desfecho do embate é frio e sem a emoção que poderíamos esperar.
Vale conhecer (e
refletir sobre) essa co-produção Estados Unidos e Emirados Arabes (por acaso, o
maior país explorador de petróleo do mundo ao lado do explorado!), indicada ao
Urso de Ouro no Festival de Berlin de 2013. Por Felipe Brida
Terra
prometida (Promised land). EUA/Emirados Árabes,
2012, 106 min. Drama. Dirigido por Gus Van Sant. Distribuição: Universal
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