O legado Bourne
Tempos atrás, o agente Jason Bourne revelou ao mundo
projetos sigilosos do governo americano, dentre eles o Treadstone e o Outcome,
uma fórmula química que aumenta a inteligência e a força dos poucos que a
detém. Novos agentes especiais, chefiados por Bryer (Edward Norton), iniciam um
plano secreto para apagar os vestígios da Outcome, assassinando médicos e
pessoas diretamente ligadas à empresa fabricante da poderosa fórmula. Quando
desconfia que está sendo caçado, Aaron Cross (Jeremy Renner), atirador
recrutado pela Treadstone, foge e consegue salvar a única sobrevivente da
matança da corporação Outcome, a Dra. Martha (Rachel Weisz). Um terá de proteger
o outro para escapar com vida das emboscadas do governo e da CIA.
Novo capítulo da cinessérie Bourne, precedido pelos
exemplares “A identidade Bourne” (2002), “A supremacia Bourne” (2004) e “O
ultimato Bourne” (2007), protagonizados por Matt Damon. Prejudicado pela trama
confusa, difícil de acompanhar e que no final das contas faz pouco sentido, “O
legado Bourne” reúne os principais elementos de espionagem do universo de
Robert Ludlum, que serviu de inspiração para Tony Gilroy, o diretor, rodar seu
terceiro longa. Gilroy conhecera a fundo o personagem Bourne porque escreveu o
roteiro dos três filmes anteriores. Por ter adaptado os livros de Ludlum para o
cinema, aguardava-se o mesmo impacto com esse projeto da franquia. Algo que
ficou complexo demais para o público entender – repare que a sinopse, por mais
que eu tenha tentado deixá-la objetiva, parecem códigos indecifráveis!
Bourne não aparece, apenas citam o nome dele na abertura. No
lugar, surge um novo agente especial, um atirador treinado na mesma Treadstone,
Aaron, interpretado pelo ator Jeremy Renner, em composição antipática, super
séria, sem a fotogenia de Matt Damon. Perseguido nos confins do mundo, o
protagonista escapa, descobre os planos do governo e da CIA e salva uma médica
integrante da equipe que fabricou uma fórmula secreta para dar mais vitalidade
aos agentes policiais, que vira também alvo número um junto com Aaron. E claro
que o recheio do bolo está nas perseguições infernais, tiroteios, escapadas
mirabolantes, no estilo sagaz de James Bond (sem o humor).
Até a metade quebramos a cabeça para sacar quem são os
personagens e o teor das tramas de assassinato; a segunda parte melhora, com menos
diálogos e altas doses de ação. E as peças do tétrico quebra-cabeça são
vagarosamente montadas, mesmo com absurdos, rumando para um desfecho onde
comprovamos que, em breve, um novo Bourne chegará aos cinemas!
Thriller de espionagem de alta complexidade, cansativo, que em
nada acrescenta e deixa um vácuo na franquia. Conheça os anteriores. Por Felipe Brida
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