Desde
pequeno, John Bennett (Mark Wahlberg) tem, como melhor amigo, seu ursinho de
pelúcia Ted (voz de Seth MacFarlane), que fala sozinho e apronta mil e uma. Fãs
de Flash Gordon, os dois divertem-se à beça como freqüentadores assíduos de
festas regadas a bebida. Porém a vida de exageros faz com que a namorada de
Bennett, Lori (Mila Kunis), afaste-se dele, até que o rapaz escolha entre ela e
o urso Ted.
Produzido
e dirigido pelo criador do seriado animado “Uma família da pesada”, Seth
MacFarlane, “Ted” tornou-se popular nos cinemas americanos por ser uma comédia
escrachada, politicamente incorreta, conduzida a todo vapor pelo anárquico
ursinho de pelúcia nem um pouco meigo, que fala palavrões, fuma maconha, bebe
até falar chega e adora uma festinha com belas mulheres. Não tem nada de Teddy
Bear carinhoso, amiguinho das crianças. Pelo contrário, debochado, gozador, por
vezes arrogante. Ou eja, o filme tem falsa aparência de ser infantil, mas
cuidado: é para jovens e adultos, e teve uma rigorosa classificação indicativa
nos EUA e no Brasil.
Começa
como uma história alegre de fim de ano, com um garoto (John Bennett) vendo seu
desejo de natal ser realizado, no caso o ursinho Ted ganhar vida, para assim
ser seu amigo eternamente.
O
bichinho fala, come sozinho, brinca, e com o passar do tempo, envelhece. É o
ponto de partida dessa brincadeira de humor perigoso; de um lado Ted com seus
quase 30 anos e do outro, seu dono, o John Bennett crescido (papel de Mark
Wahlberg, melhor do que de costume). Pela vida de aventuras dos dois amigos
inseparáveis, a namorada de Bennett, Lori, se cansa, e é quando a história fica
em cima de conflitos pessoais, entre o casal e o bendito urso. Da metade para o
fim uma aventura de perseguição invade a trama, quando entra em cena Giovanni
Ribisi como um bandido com trejeitos gay que seqüestra Ted para presentear o
filho gordinho desajeitado.
O
ponto alto: o único efeito visual do filme, o ursinho Ted, criado com uma
proeza de detalhes que chega a espantar, de tão perfeito. Merecia ser indicado
ao Oscar na categoria – a comédia recebeu indicação como melhor canção esse ano
(música “Everybody needs a best friend”).
Por
mais que algumas piadas assustem pela grosseria, o resultado é divertido. E
original, com certeza. Também faz referências engraçadas ao cinema, como a
aparição dos atores Sam J. Jones (voltando ao passado brega de Flash Gordon) e
Tom Skerritt, como ele mesmo. A cantora Norah Jones canta ao vivo e brinca com
insinuações de sexo, e Patrick Stewart, de “Star Trek”, faz a narração off. Por Felipe Brida
Ted (Idem). EUA, 2012,
106 min. Comédia. Dirigido por Seth MacFarlane. Distribuição: Universal
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