O
garoto Victor (voz de Charlie Tahan) perde seu cãozinho de estimação, Sparky,
em um atropelamento. Triste com a morte, ele resolve ressuscitar o animal por
meio de um experimento científico com eletricidade. Sparky retorna à vida,
causando alvoroço no bairro e inúmeras peripécias.
Nova
animação dark de Tim Burton sobre mortos-vivos (antes havia dirigido “A noiva
cadáver”), idealizado a partir de um média-metragem do diretor, de mesmo
título, lançado em 1984. Pouca gente viu o original dele, que era bem artesanal
e nem chegou a ser exibido no Brasil. Então resta ao grande público conhecer
essa pequena jóia de Burton, um cineasta especializado na estética do bizarro e
do sombrio.
Rodado
em preto-e-branco, o que de imediato causará rejeição por parte das pessoas,
“Frankenweenie” faz claras referências a clássicos de terror dos anos 30 e 40,
em especial os da Universal. A menção direta é a “Frankenstein” e “A noiva de
Frankenstein”.
Na
verdade, a história é de um Victor Frankenstein garotinho, que em vez de
ressuscitar um bandido juntando membros de outros cadáveres, dá vida ao seu cão
de estimação que morrera atropelado. Por ser um conhecedor de Física e Química
e criar experimentos no fundo de casa, consegue, com resultado extraordinário,
o sonho de dar vida ao bichinho falecido, tendo-o novamente ao seu lado. Mesmo
que ele esteja com aspecto pálido, com a carne podre, com marcas e incisões e a
cabeça costurada, algo que causará um susto na cidade. Os amiguinhos de classe
de Victor tentam imitá-lo, ressuscitando seus animaizinhos que morreram (sapo,
tartaruga), com conseqüências desastrosas.
Uma
aventura emocionante, que dificilmente encontrará público. Crianças acharão
entediante por ser PB e pelas figuras estranhas, deformadas, tipicamente
expressionistas. Acredito que jovens e adultos curtirão mais as criaturas, a
trama original e as referências metalingüísticas.
Consegue
divertir e causar leves sustos. Enfim, um exercício de estética para poucos,
inovador e que resulta numa inteligente brincadeira no mundo do terror.
Distribuído no mercado pela Disney, que não costuma promover fitas sombrias,
conta ainda com as vozes de nomes famosos do cinema, como Catherine O’Hara,
Martin Short, Martin Landau, Winona Ryder e Christopher Lee. Já em DVD. Por Felipe Brida
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