O garoto Norman (voz de Kodi Smit-McPhee) é apaixonado por
filmes de terror. Assim como a avó, costuma conversar com fantasmas. Certo dia,
seu tio revela a ele sobre a antiga maldição de uma bruxa, que pode ressuscitar
os mortos da cidade. Assustado, Norman recorre ao fiel amigo Neil (voz de
Tucker Albrizzi) para confidenciar o segredo. Poucas horas depois, a terra começa
a tremer, e das tumbas os zumbis saem à procura dos vivos.
Indicado ao Oscar de melhor animação esse ano, “ParaNorman”
é o novo trabalho excepcional da produtora independente Laika, responsável por
duas outras produções de desenhos sombrios, “Coraline e o mundo secreto” e “A
nova cadáver”, que fizeram sucesso e também nomeados ao prêmio da Academia.
De dez anos para cá, um número considerável de animações
procura atingir outro público, os adultos, com teor dark, não apropriadas às
crianças. “ParaNorman” resgata um estilo antigo de fazer cinema, o “terrir” (o
terror com comédia), trazendo para as telas figuras grotescas, mortos-vivos
verdes de podre, sequências de sangue coagulado e cérebros espalhados pelo
assoalho, além de bruxas medonhas. Seres monstruosos que infernizam a cidade de
Norman, uma maldição secular que agora vem à tona, e que só o garoto tem o
poder de mandar as criaturas de volta ao lugar de origem.
Um conto moderno de horror, que brinca com as fitas de
zumbi, misturando comédia e aventura, com direito a perseguições infernais e
muito barulho.
Já é criativo desde o título bem planejado, uma menção ao
dom do menino Norman, paranormal, uma herança da avó falecida, que também via
fantasmas e conversava com eles.
Chris Butler, em parceria com Sam Fell, estreia como
diretor. Ele adquirira conhecimentos na área quando trabalhou como assistente
de arte em “A noiva cadáver” e “Coraline e o mundo secreto”. Seu “ParaNorman”
teve orçamento caro, de U$ 60 milhões, devido à técnica de computação gráfica
precedida por stop-motion (foram confeccionados milhares de bonecos,
fotografados quadro-a-quadro, um por um, e depois arranjados nos cenários via
computador). Ou seja, um trabalho minucioso, rico em detalhes. Por fim, atores
consagrados emprestam a voz para os personagens, dentre eles John Goodman, Anna
Kendrick, Casey Affleck e Bernard Hill.
Pegue carona nessa diversão incrível, uma homenagem ao
cinema de terror, apropriada a jovens e adultos. Por Felipe Brida
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