sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cine Lançamento

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A inquilina

A médica Juliet Devereau (Hilary Swank) muda-se para um novo apartamento no centro velho de Brooklin. Logo no primeiro dia, conhece Max (Jeffrey Dean Morgan), o proprietário do local, que desenvolve uma estranha obsessão pela jovem.

A premiada atriz Hilary Swank, vencedora de duas estatuetas da Academia (pelas soberbas interpretações em “Meninos não choram” e “Menina de ouro”), sofre mesmo da “maldição do Oscar”. Sua carreira, muito irregular hoje, vem afundando desde 2004. Depois de merecido reconhecimento em bons filmes, encarou bobagens desprezíveis como “A colheita do mal” e outras discutíveis, como “P.S.: Eu te amo” e “Amelia”. Com “A inquilina”, mais um fracasso medonho, sem contar o quão ruim é essa fitinha B de suspense.
Esperava-se mais por ter o nome de peso de Hilary no meio e também porque foi o primeiro grande projeto da Hammer, cultuada produtora de cinema de terror inglês nos anos 60 e 70, que anda falida e mesmo assim retomou os trabalhos. Fizeram um roteiro previsível e batido, contrataram um diretor finlandês novato (Antti Jokinen), só conhecido em seu país por rodar documentários para a TV aberta, e convidaram uma atriz de renome para dar um “tchan”, além de trazer como vilão da história o charmoso Jeffrey Dean Morgan. Só que o resultado beira o ridículo: o público desmascara o suspense de imediato, não há surpresas para segurar o telespectador na poltrona, o desfecho vem “conforme o combinado” e muita perseguição no modo ‘impossível’.
Um típico filme de “Supercine”, sobre uma mulher que se muda para um lugar aparentemente calmo à procura de tranqüilidade, e o que ela encontra é tormento nas mãos de um psicótico perturbado. Já vimos tantas vezes histórias assim, bem melhores – “Atração fatal”, “Morando com o inimigo”, “Dormindo com o inimigo”, “O mensageiro do diabo”, “Círculo do medo” e o remake “Cabo do Medo” etc.
Traz ainda a participação rápida de uma lenda viva do cinema de terror, Christopher Lee, e da bonita atriz negra Aunjanue Ellis.
Se quiser um bom entretenimento de suspense com tensão e reviravoltas, veja as dicas dos filmes acima. Não perca tempo com essa bobagem equivocada. Por Felipe Brida

A inquilina
(The resident). EUA/Inglaterra, 2011, 91 min. Suspense. Dirigido por Antti Jokinen. Distribuição: Paris Filmes

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