Cela 211
Dois homens estão em lados opostos durante uma rebelião numa prisão de segurança máxima. Juan Oliver (Alberto Ammann), no primeiro dia de trabalho na cadeia, envolve-se em um acidente e é enjaulado na cela 211. Enquanto espera por socorro, o perigoso bandido Malamadre (Luis Tosar), em outra cela, organiza um motim sem precedentes. Juan vira refém, e para se salvar, finge ser um dos prisioneiros, auxiliando Malamadre e os comparsas na fuga. Mas uma série de fatos inesperados transformará aquele local em um barril de pólvoras.
“Cela 211” pode ser classificado como o “Carandiru” espanhol. Com produção modesta, o drama centraliza a trama numa situação complexa comumente vista no Brasil: a rebelião de presos. Quais motivos levam um grupo de bandidos a se revoltar contra o sistema penitenciário (e o sistema em geral)? É a proposta desse filme tenso, que procura responder a pergunta pelo ponto de vista das “vítimas” (os enjaulados).
O roteiro traça a trajetória de poucos dias tanto dos presos quanto da polícia no meio de um motim carcerário sangrento, com inúmeros reféns. Os dois homens centrais enfurnados naquele caos se posicionam em lados divergentes (um é funcionário da cadeia, o outro, um bandido destemido), que, sem aonde recorrer, levantam a mesma bandeira e topam trabalhar juntos pela mesma causa, ou seja, concretizar a escapada.
Bastante digno, não é um filme fácil de se assistir. Isto porque o diretor Daniel Monzón tem mão pesada, tornando a fita séria, crua e violenta (a sequência do suicídio na abertura, em um quase close-up, causa aflição), indo diretamente no ponto que mexe no cacho de abelhas fumegantes. Por ser intimista ao esmiuçar a mente dos prisioneiros e seus planos de fuga, aprofunda-se em questões que sempre incomodaram os diversos setores da sociedade, desde a política até a educação. Responde sim a velhas perguntas, perturba o público e traz um final sem compaixão.
Por ser um projeto de tamanha importância (e novidade como produção franco-espanhola), é aconselhado para todos – mas vá preparado, pois não se digere um filme desse grau em poucas horas.
Premiado em festivais de cinema no mundo todo, ganhou oito das 16 indicações ao Goya, o Oscar espanhol, dentre eles melhor filme, diretor e ator (Luís Tosar). Por Felipe Brida
Dois homens estão em lados opostos durante uma rebelião numa prisão de segurança máxima. Juan Oliver (Alberto Ammann), no primeiro dia de trabalho na cadeia, envolve-se em um acidente e é enjaulado na cela 211. Enquanto espera por socorro, o perigoso bandido Malamadre (Luis Tosar), em outra cela, organiza um motim sem precedentes. Juan vira refém, e para se salvar, finge ser um dos prisioneiros, auxiliando Malamadre e os comparsas na fuga. Mas uma série de fatos inesperados transformará aquele local em um barril de pólvoras.
“Cela 211” pode ser classificado como o “Carandiru” espanhol. Com produção modesta, o drama centraliza a trama numa situação complexa comumente vista no Brasil: a rebelião de presos. Quais motivos levam um grupo de bandidos a se revoltar contra o sistema penitenciário (e o sistema em geral)? É a proposta desse filme tenso, que procura responder a pergunta pelo ponto de vista das “vítimas” (os enjaulados).
O roteiro traça a trajetória de poucos dias tanto dos presos quanto da polícia no meio de um motim carcerário sangrento, com inúmeros reféns. Os dois homens centrais enfurnados naquele caos se posicionam em lados divergentes (um é funcionário da cadeia, o outro, um bandido destemido), que, sem aonde recorrer, levantam a mesma bandeira e topam trabalhar juntos pela mesma causa, ou seja, concretizar a escapada.
Bastante digno, não é um filme fácil de se assistir. Isto porque o diretor Daniel Monzón tem mão pesada, tornando a fita séria, crua e violenta (a sequência do suicídio na abertura, em um quase close-up, causa aflição), indo diretamente no ponto que mexe no cacho de abelhas fumegantes. Por ser intimista ao esmiuçar a mente dos prisioneiros e seus planos de fuga, aprofunda-se em questões que sempre incomodaram os diversos setores da sociedade, desde a política até a educação. Responde sim a velhas perguntas, perturba o público e traz um final sem compaixão.
Por ser um projeto de tamanha importância (e novidade como produção franco-espanhola), é aconselhado para todos – mas vá preparado, pois não se digere um filme desse grau em poucas horas.
Premiado em festivais de cinema no mundo todo, ganhou oito das 16 indicações ao Goya, o Oscar espanhol, dentre eles melhor filme, diretor e ator (Luís Tosar). Por Felipe Brida
Título original: Celda 211
País/Ano: Espanha/França, 2009
Elenco: Alberto Ammann, Luís Tosar, Antonio Resines, Carlos Bardem, Manuel Morón
Direção: Daniel Monzón
Gênero: Drama
Duração: 107 min
Distribuição: California Filmes
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