sexta-feira, 30 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Jogo de mentiras

Zelador de uma escola, Don McKay (Thomas Haden Church) recebe uma misteriosa carta, escrita pela antiga namorada Sonny (Elisabeth Shue). Ela diz estar gravemente doente, e precisa rever Don antes de morrer. Instigado pela carta, o solitário zelador retorna à cidade onde Sonny mora. Quando resolvem reatar o namoro, segredos obscuros vão se revelando, o que coloca a vida de Don em perigo.

Pouco divulgado pela mídia, talvez pelo roteiro incrivelmente estranho e repleto de situações bizarras, chega em DVD esse suspense/drama estrelado pelo carrancudo Thomas Haden Church, criando um personagem calado e vazio, muito apático por sinal. Na pele de um zelador de escola, ele retorna para a cidade natal a fim de se encontrar com o seu amor de infância, interpretado pela sumida Elisabeth Shue, em seu pior momento no cinema como uma mulher doente e ao mesmo tempo de mente doentia. A partir desse ponto a história se incrementa com uma trama confusa de mortes, traições, canalhices e besteiras das mais variadas.
Como cinema, “Jogo de mentiras” não funciona. O roteiro não se delineia, tem estilo de farsa, e não assume um gênero próprio. Não se define nem como drama nem como suspense, e tudo é pontuado de forma esquisita, em certos momentos caindo no ridículo – um dos personagens chega a matar uma pessoa com um bife congelado!
Os coadjuvantes escondem um lado negro, e não há bonzinhos. Todos são mau caráter e gananciosos, com atos extremos que variam da insanidade ao sadismo.
Apesar da fotografia limpa e um certo clima de tensão, não merece tantos créditos. Assina a direção o estreante cineasta Jake Goldberger. Em DVD pela Paramount. Por Felipe Brida

Título original: Don McKay
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Thomas Haden Church, Elisabeth Shue, Melissa Leo, James Rebhorn, Keith David, M. Emmet Walsh, Rachel Harker
Direção: Jake Goldberger
Gênero: Drama/Suspense
Duração: 88 min
Distribuição: Paramount Pictures

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Viva nostalgia!

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As pontes de Toko-Ri

Em 1952, durante a Guerra da Coréia, o tenente-aviador Harry Brubaker (William Holden) se prepara para cumprir a arriscada missão de destruir as pontes de Toko-Ri. O plano coloca em risco a vida do piloto, assim como o da esposa Nancy (Grace Kelly) e de seus filhos.

Baseado no romance de James A. Michener (o mesmo autor de “Sayonara”), esse drama de guerra tem como pano de fundo a Guerra da Coréia, infelizmente pouco citada no filme, que por sinal é arrastado. Na trama, em tom de fita romântica da década de 50, há conflitos paralelos perdidos, alongando-se demais em mostrar a preparação dos aviadores que vão lutar na guerra.
O galã William Holden e a bela Grace Kelly formam o par central. Ele, como o aviador com a missão de destruir as pontes do título; já ela tem quase nada a fazer como a esposa amorosa, aparecendo alguns minutos no filme. Grace tem papel ingrato, que não está à altura de seu potencial; vale lembrar que ela foi uma das lendas do cinema – um ano depois, em 1956, se casaria com Rainier III, príncipe-soberano de Mônaco. Morreu prematuramente em 1982, aos 52 anos, em um acidente de carro em Monte Carlo.
O restante do elenco também fica acorrentado, sem muita chance – como Fredric March, Mickey Rooney e Robert Strauss.
Somente na parte final dá uma guinada e vira aventura, com a sequência do bombardeio das pontes, todo filmado em maquetes, e a conseqüente perseguição do soldado norte-americano em território coreano.
Vencedor do Oscar de efeitos visuais e indicado na categoria de melhor edição em 1956, “As pontes de Toko-ri” é um pequeno e imemorável drama de guerra, disponível em DVD pela Paramount Pictures. Por Felipe Brida

Título original: The bridges at Toko-Ri
País/Ano: EUA, 1954
Elenco: William Holden, Grace Kelly, Fredric March, Mickey Rooney, Robert Strauss, Charles McGraw, Keiko Awaji
Direção: Mark Robson
Gênero: Drama/Guerra
Duração: 103 min
Distribuição: Paramount Pictures

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Jogos mortais VI

Com o assassinato do agente Stratham, detetive Hoffman (Costas Mandylor) assume o legado de violência do psicopata Jigsaw (Tobin Bell). A polícia está no encalço de Hoffman, assim como todo o FBI; no entanto o detetive não abre mão de seus planos iniciando uma série de novos jogos mortais.

A franquia “Jogos mortais” demonstrou sinais de fraqueza quando esse novo filme da cinessérie de terror patinou nas bilheterias no ano passado. Talvez seja um fator positivo que comprova a maturidade do público, que está cansado de tantas fitas de violência gratuita que vem saindo no mercado.
Um dos mais sangrentos e repulsivos de todos já produzidos, esta sexta parte é mais do mesmo. Como os anteriores, continua grosseiro e desprezível. As formas de assassinato ficam ainda mais absurdas, com direito a baldes de sangue. E sempre previsível – as vítimas passam por torturas sem fim, e restam a elas, coitadas, gritos de dor e mortes escabrosas.
Os argumentos para se continuar a saga do matador Jigsaw não têm a menor lógica, e a cada novo episódio torna-se inconsistente e confuso ao retomar pequenos detalhes das fitas anteriores, fazendo com que o público se perca diante de tantas construções paralelas na trama.
Ou seja, é um desperdício de tempo. Não se submeta a esse sacrifício!
Quem assina a direção é Kevin Greutert, montador de todos os “jogos”, que se prepara para lançar em outubro uma nova continuação. Haja estômago! Por Felipe Brida

Título original: Saw VI
País/Ano: EUA/Canadá/Austrália, 2009
Elenco: Costas Mandylor, Tobin Bell, Betsy Russell, Shawnee Smith
Direção: Kevin Greutert
Gênero: Terror
Duração: 90 min
Distribuição: Lionsgate/ Buena Vista
Site oficial: http://www.filmes.net/jogosmortais6/

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Os fantasmas de Scrooge

O rabugento Ebenezer Scrooge (Jim Carrey) vive em uma casa velha, sem amigos. Avarento por natureza, despreza os festejos natalinos e subestima seu assistente e seu sobrinho. Na véspera do Natal, recebe a visita de três fantasmas. Cada um irá levar a Scrooge uma nova forma de olhar para a vida.

Nova adaptação de “O conto de Natal”, de Charles Dickens, famoso texto de natal tantas vezes transformado em filme. O diferencial agora é a computação gráfica – “Os fantasmas de Scrooge” é uma animação com Jim Carrey interpretando oito personagens, como o velho rabugento Scrooge e os fantasmas do passado, do presente e do futuro. Obviamente que o ator está irreconhecível, caracterizado de velho e de figuras assustadoras.
Bem produzido, com efeitos visuais brilhantes, é um filme com as típicas lições de moral das histórias de Dickens, sobre fraternidade, bondade etc. Os fantasmas do título (são três ao todo) não passam de um reflexo do próprio Scrooge em três fases de sua vida – infância/juventude, velhice (tempo presente) e futuro, que fazem o personagem olhar para si mesmo, como maneira de realinhar sua vida daqui pra frente. Por trabalhar o nosso “eu”, é sempre indicado conhecer um filme dessa linha.
É a terceira investida de Robert Zemeckis em animação inteiramente gráfica – antes ele fez outro projeto de Natal, “O expresso polar” (2004), e depois a aventura “A lenda de Beowulf” (2007).
Típica fita de fim de ano, com tema natalino, que diverte e também assusta. Entretenimento garantido, com pitadas de terror. Confiram. Por Felipe Brida

Título original: A Christmas Carol
País/Ano: EUA, 2009,
Elenco: Jim Carrey, Gary Oldman, Colin Firth, Robin Wright Penn, Bob Hoskins, Fionnula Flanagan.
Direção: Robert Zemeckis
Gênero: Animação
Duração: 98 min
Distribuição: Walt Disney
Site oficial: http://disney.go.com/disneypictures/achristmascarol/

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Aconteceu em Woodstock

Verão de 1969. O designer nova-iorquino Elliot Tiber (Demetri Martin) retorna à casa dos pais para auxiliá-los na venda do antigo hotel da família. Quando ouve rumores de que em breve a cidade vizinha, White Lake, irá abrigar um megaevento de rock, o jovem pensa alto: vai fazer de tudo para atrair a multidão para a sua cidade a fim de reativar o hotel quase falido.

Inspirado em fatos reais, “Aconteceu em Woodstock” é o mais novo projeto pessoal do diretor chinês Ang Lee, vencedor do Oscar por “O segredo de Brokeback Montain”. Ele volta 40 anos no tempo para retratar os preparativos do maior evento de rock a céu aberto de todos os tempos, o tão conhecido Woodstock. Narrado com descompasso e lentidão, o enfoque da fita se compromete a apenas mostrar a idealização do Woodstock, surgido em épocas turbulentas da contracultura, da Revolução Sexual, do “boom” do LSD e uma das estratégias de protesto contra a Guerra do Vietnã.
Peca em aspectos básicos, como não mostrar os shows nem dar vida a personalidades importantes que agitaram os “três dias de paz, amor e rock” (como Janis Joplin, Jimmy Hendrix e Joan Baez). Preocupa-se demais em acompanhar negociações desastrosas, o que pode gerar no público certa apatia. A trilha sonora não é das melhores, mas o filme tem um charme quanto à direção de arte com visual dos anos 60.
Baseado na autobiografia homônima escrita por Elliot Tiber, principal articulador do Woodstock. Para os adeptos do rock vale uma conferida como curiosidade. Por Felipe Brida


Título original: Taking Woodstock
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Demetri Martin, Imelda Staunton, Edward Hibbert, Eugene Levy, Emile Hirsch, Henry Goodman, Paul Dano
Direção: Ang Lee
Gênero: Comédia dramática
Duração: 120 min
Distribuição: Universal

domingo, 18 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Sempre ao seu lado
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Professor universitário, Parker Wilson (Richard Gere) adota um cachorro da raça Akita, perdido em uma estação de trem. Em seu novo lar, o animal contagia o ambiente, demonstrando fidelidade e carinho pelo seu dono.

Excelente refilmagem de uma fita japonesa de 1988, “Hachikô Monogatari”, inédita no Brasil, cuja história real permanece nesse novo trabalho do premiado diretor sueco Lasse Hallström. O cão Hachiko e o professor existiram de verdade, no Japão dos anos 20, e aqui o relacionamento dos dois é transposto para uma cidade do interior dos Estados Unidos (as terminologias e concepções japonesas fariam mais sentido se a história fosse na Ásia). A estreita relação entre eles é o grande mote do poético filme, que procura confirmar quão fiel os cachorros são para com seus donos.
A câmera acompanha a perspectiva do animal (as cenas acinzentadas remetem à visão do canino) num método intimista de narrativa, dando brechas para o pensamento do animal, suas aflições e alegrias. Tudo muito bem conduzido, com precisão de diálogos.
A reviravolta na metade da fita (não deixem que contem o final) emociona e faz chorar. De arrancar lágrimas mesmo.
O ainda galã Richard Gere, um sessentão com cara de quarentão, diverte-se no papel do professor que divide o amor da família com o novo membro da casa. O filme também só dá certo pela forte presença de uma trilha sonora tocante de Jan A.P. Kaczmarek, grande compositor polonês já vencedor do Oscar. A música principal é realmente muito bonita.
Confiram esse singelo filme sobre lealdade, uma ótima dica para reunir toda a família. E não se esqueçam de reservar uma caixa de lenços! Por Felipe Brida

Título original: Hachiko – A dog’s story
País/Ano: EUA/Inglaterra, 2009
Elenco: Richard Gere, Joan Allen, Jason Alexander, Cary-Hiroyuki Tagawa, Sarah Roemer, Erick Avari
Direção: Lasse Hallström
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Distribuição: Imagem Filmes

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Coco antes de Chanel

Biografia da estilista francesa Coco Chanel (1883-1971), desde a infância no internato até os primeiros trabalhos no mundo da moda.

Rodado na França e indicado ao Oscar de melhor figurino, esse retrato superficial infelizmente passa a borracha na vida da notório estilista francesa Gabrielle Bonheur Chanel, a Coco Chanel. Em poucas oportunidades o cinema falou de Coco, e aqui é uma chance perdida, numa fita sem emoção ou profundidade. A bonita direção de arte, da França do início do século XX, e os figurinos estonteantes são detalhes à parte, muito além do roteiro apagado, que se preocupa em explorar os amores perdidos dessa mulher que esteve à frente de seu tempo.
Filha de um caixeiro-viajante e de uma doméstica, Coco (interpretada por Audrey Tautou, sem grande brilho, só com olhar expressivo), junto com as irmãs, viveu em um colégio interno, e na adolescência tentou teatro e dança, sem sucesso. Teve uma vida marcada por romances passageiros, sempre com homens mais velhos, dentre eles um empresário do ramo de tecidos e depois um milionário inglês. Este último foi quem abriu as portas de Coco para a futura carreira na moda, responsável por financiar sua primeira loja de chapéus. Morreu prematuramente em um acidente de carro – Coco entra em depressão, numa fase que antecede a idealização das primeiras calças femininas e aquelas apropriadas para o hipismo (a estilista gostava de andar a cavalo).
O filme põe de escanteio a disseminação das criações de Chanel pelo mundo afora (lembre-se do título, é “Coco antes de Chanel”). Ou seja, a segunda parte da vida dela, da mulher consagrada e famosa (acredito ser mais relevante), nem é mencionado. Muitos dados biográficos importantes ficaram de fora, como o envolvimento de Coco com um decadente príncipe russo e depois com um oficial alemão na Segunda Guerra, a amizade com Pablo Picasso e Greta Garbo, a influência nas passarelas de hoje etc. Poderiam ter pensado numa seqüência, “Coco já Chanel” ou “Coco agora Chanel”, algo nessa linha.
Tentativa frustrada e sem inspiração de biografar o nome mais importante da moda. Uma pena. Por Felipe Brida

Título original: Coco avant Chanel
País/Ano: França, 2009
Elenco: Audrey Tautou, Alessandro Nivola, Benoit Poelvoorde, Marie Gillain
Direção: Anne Fontaine
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Distribuidora: Warner Bros.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Viva nostalgia!

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A casa dos maus espíritos

Proprietário de uma mansão no alto de uma colina, o milionário Frederick Loren (Vincent Price) convida cinco pessoas para uma festa na misteriosa casa. O anfitrião lança um jogo aos participantes: se sobreviverem a uma série de fatos assombrosos, cada um receberá 10 mil dólares. Quando as portas se trancarem à meia-noite, alguém sairá vivo dessa macabra experiência?

Um dos bons clássicos de terror da década de 50, dirigido pelo mestre do susto William Castle e protagonizado por um dos nomes mais importantes do gênero, Vincent Price. Bastante original para a época, “A casa dos maus espíritos” abriu uma vertente de filmes sobre mansões mal-assombradas e pessoas afligidas por espíritos malignos.
Assim como todas as fitas de horror de antigamente, ficou datado quanto às técnicas de montagem e efeitos visuais, como a aparição de esqueletos movidos a cordas e os gritos de terror soltos por mulheres desesperadas! Há momentos tensos, com criaturas que dão sustos, dentre elas a aparição da velha vestida de preto que percorre os quartos dos hóspedes. Uma preciosidade, agora disponível em DVD pela NBO, que lançou o filme em duas versões no mesmo disco: a restaurada em PB e uma colorizada digitalmente, e de quebra uma em MP4. Apenas cuidado com as cópias ruins encontradas no mercado, já que o filme caiu em domínio público.
Curiosidade: o filme teve uma refilmagem desnecessária em 1999, “A casa da colina”, que aproveita o mesmo gancho do original (e recentemente uma continuação ainda pior, “De volta à casa da colina”). Por Felipe Brida

Título original: House on haunted hill
País/Ano: EUA, 1959
Elenco: Vincent Price, Elisha Cook Jr., Carol Ohmart, Richard Long.
Direção: William Castle
Gênero: Terror
Duração: 75 min
Distribuidora: NBO Editora

terça-feira, 6 de abril de 2010

Cine Lançamento

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A garota ideal

Lars (Ryan Gosling), jovem tímido que mora em uma pequena cidade no interior dos EUA, está em busca de uma garota ideal para namorar. Por intermédio de um colega de trabalho, encontra pela internet a mulher de seus sonhos, e a leva para casa. Só que ela é uma boneca inflável, e Lars a trata como uma pessoa real.

Chega com atraso em DVD essa comédia dramática inusitada, esquisita por natureza, que recebeu indicação ao Oscar de melhor roteiro original em 2008. O ator canadense Ryan Gosling confirma seu talento, revelado em “Diário de uma paixão” (2004) e depois indicado ao Oscar numa fita que nunca chegou ao Brasil, “Half Nelson” (2006). Aqui, está num papel contido de um rapaz interiorano simples, tímido e sozinho. Certo dia apaixona-se por uma boneca de plástico, adquirida pela internet. Ele leva a “garota” para todos os cantos – restaurante, reuniões em família, passeios – como se fosse sua namorada de carne e osso. Considerando-o louco, amigos, sua família e alguns psicólogos tentarão descobrir o que realmente passa pela cabeça do jovem. Será um distúrbio, uma paranóia, um surto emocional?
Por isso o filme é dramático e muito curioso. Apesar de a história ser bizarra demais para o gosto popular, acompanhamos o sofrimento de amor que o protagonista desenvolve pela boneca, a única coisa (pra não dizer pessoa) que o compreende.
Aproveitem, agora em DVD, para conhecer essa produção original, simpática e com um bom trabalho do elenco. Por Felipe Brida

Título original: Lars and the real girl
País/Ano: EUA, 2007
Elenco: Ryan Gosling, Emily Mortimer, Paul Schneider, Patricia Clarkson
Direção: Craig Gillespie
Gênero: Comédia dramática
Duração: 106 min
Distribuidora: Califórnia Filmes

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Cine Lançamento

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Acerto de contas

Gângster que pretende deixar o mundo do crime, Joshua (Cuba Gooding Jr.) recebe uma última missão, bastante perigosa: a de cobrar a dívida de um temido mafioso local.
O diretor do suspense “P2 – Sem saída” faz aqui seu segundo trabalho, outro projeto insosso. Uma fita policial sem força, nada memorável, repleta de reviravoltas confusas e violência. O filme roda, roda, roda, patina sempre no mesmo lugar; parece que nunca vai pra frente, o que nos deixa transtornados (pelo menos eu fiquei).
Começa de maneira intrigante com o personagem de Cuba Gooding Jr. (atualmente em uma fase ruim da carreira, com várias fitas medíocres) aparentemente baleado dentro de um carro em movimento, tramando vingança. E depois disso a história se desenrola, toda narrada em voice-over e em flashbacks, prendendo-se a sucessivos acertos de contas, mortes, traições.
Traz uma participação fraca de Harvey Keitel como o feroz mafioso (o ator, hoje com 70 anos, aparece pouco e não parece satisfeito com o personagem).
Mais um filme que passa sem deixar vestígios. Por Felipe Brida

Título original: Wrong turn at Tahoe
País/Ano: EUA, 2009
Elenco: Cuba Gooding Jr, Miguel Ferrer, Noel Gugliemi, Mike Starr, Harvey Keitel
Direção: Frank Khalfoun
Gênero: Policial
Duração: 91 min
Distribuidora: Paramount Pictures

sábado, 3 de abril de 2010

Morre o ator John Forsythe aos 92 anos


Lendário ator de TV, John Forsythe morreu na última quinta-feira (dia 1º), aos 92 anos, em Santa Ynez (Califórnia), em decorrência de uma grave pneumonia. Vencedor de dois Globos de Ouro (melhor ator pelo seriado "Dinastia", em 1983 e 1984), Forsythe também atuou no cinema e no teatro - sua voz ficou famosa no seriado "As panteras", como Charlie, o chefe, e também nos dois filmes homônimos, seus últimos trabalhos.
Nascido em 29 de janeiro de 1918 em New Jersey, iniciou a carreira artística aos 22 anos, quando teve a chance de atuar em radionovelas e em pequenas peças de teatro. Alistou-se no Exército durante a Segunda Guerra Mundial, interrompendo os trabalhos como ator.
Estreou no cinema em 1943, no drama de guerra "Rumo a Tóquio", estrelado por Cary Grant. Foi duas vezes dirigido por Alfred Hitchcock - "O terceiro tiro" (1955) e "Topázio" (1969).
Ainda no cinema atuou em "Cidade pacata" (1952), "O amor resolve tudo" (1953), "O crime da semana" (1953), "Madame X" (1956), "À sangue frio" (1967), "Tempo para amar, tempo para esquecer" (1969), "Justiça para todos" (1979) e "Os fantasmas contra-atacam" (1988).
Em quase 60 anos de carreira, participou em dezenas de seriados e programas de TV. O ator era casado e deixa três filhos. Por Felipe Brida