quarta-feira, 31 de março de 2010

Cine Lançamento

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2012

No ano de 2012, uma série de cataclismas coloca a humanidade em estado de emergência. Pelas previsões do Calendário Maia, furacões e tsunamis de proporções devastadoras ameaçam destruir o mundo inteiro. Com o apoio de cientistas e também do governo americano, o escritor Jackson Curtis (John Cusack) tentará encontrar uma solução para salvar o planeta.

“Nós fomos avisados”. A frase de efeito, estampada na capa do filme como uma tagline para promover a mais nova megaprodução de Roland Emmerich, transformou-se em um efeito avalanche de marketing viral. O filme surpreendeu nas bilheterias do mundo todo, alcançando o ranking dos 10 mais assistidos nos cinemas em todos os tempos. Os motivos para tamanho sucesso ficam evidentes: 1) trata de forma apocalíptica o fim do mundo, recorrendo a uma data próxima (daqui a dois anos), o que desperta a curiosidade do público; 2) é um prato repleto de bons efeitos visuais, em computação gráfica das mais bem elaboradas – não é novidade falar disso para quem conhece o cinema de Emmerich, o mesmo diretor de “Stargate”, “Independence Day” e “O dia depois de amanhã”.
No entanto, a história é um horror de ruim, longa e fragmentada. Em pouco mais de duas horas e meia de filme acompanhamos fatos se desenrolando em vários países – EUA, Índia, China, Nepal, Tibet. Vai para um canto e corre para outro, com uma edição rápida em “fade” nessa passagem. E mais, o filme só serve para quem curte o subgênero “disaster movie”, tão popular nos anos 70. Fiquem de fora aqueles que se assustam com o sensacionalismo em torno do juízo final.
A imprensa já divulgou que 2012 é um ano marcado por crenças populares, com concepções místicas. Conforme citado no filme, no dia 21 de dezembro as catástrofes mundiais terão início. A data coincide com o fim do Calendário Maia de Longa Data, adotado por povos da antiga Mesoamérica no período pré-clássico, cujo ciclo de 5125 anos é interpretado como o fim de uma era. Nada comprovado cientificamente, apenas especulações, pregações e crenças, apesar de que as drásticas mudanças climáticas vêm causando sucessivas destruições ao redor do planeta (furacão Katrina, terremoto no Chile).
Como cinema, “2012” explora cataclismas temerosos: tsunamis gigantes, terremotos, erupções vulcânicas avassaladoras, abertura de fendas na Terra devido à movimentação das placas tectônicas, desmoronamento de prédios, aquecimento e exposição do núcleo da Terra, e outras calamidades. Tudo feito de maneira absurda para, ao mesmo tempo, injetar adrenalina e espantar.
Um dos cenários destruídos é a cidade do Rio de Janeiro – pela TV um jornalista informa, aos berros, sobre um terremoto; e rapidamente aparece o Cristo Redentor se dissolvendo em milhares de pedaços!
Notem que o presidente dos EUA, interpretado por Danny Glover, é negro, como uma alusão a Barack Obama. E no desfecho recorrem a uma releitura da Arca de Noé, com direito a casais de animais e ao Grande Dilúvio. Obviamente que pelo que é mostrado ninguém se salva!
Se conferir, vá prevenido. Por Felipe Brida

Título original: 2012
País/Ano: EUA/Canadá, 2009
Elenco: John Cusack, Amanda Peet, Chiwetel Ejiofor, Thandie Newton, Oliver Platt, Woody Harrelson, Danny Glover, Liam James, Thomas McCarthy, George Segal
Direção: Roland Emmerich
Gênero: Aventura
Duração: 158 min
Distribuidora: Sony Pictures

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